O vegetarianismo é um regime alimentar baseado fundamentalmente no consumo de alimentos de origem vegetal que exclui da dieta todos os tipos de carnes (carne vermelha, suína, peixes, frutos do mar e aves em geral) podendo ou não utilizar laticínios ou ovos.
O veganismo por sua vez, é um estilo de vida motivado por convicções éticas com base nos direitos animais que excluem da dieta todo e qualquer alimento de origem animal e tudo que seja feito ou testado em animais como remédios, cosméticos em geral, maquiagens, bolsas, casacos e sapatos.
Estudos comprovam os diversos benefícios relacionados à melhora de saúde e estado nutricional após a adoção de dietas veganas e vegetarianas como o aumento da disposição para realizar atividades diárias, melhora na qualidade do sono, na saúde da pele, no funcionamento do intestino, na imunidade e na manutenção do peso.
No entanto, caso esteja pensando em aderir este estilo de vida, é necessário se informar muito e buscar ajuda de profissionais capacitados que farão orientações e substituições adequadas para que sua alimentação permaneça balanceada, pois dietas que excluem carnes e outros alimentos de origem animal podem levar a deficiência de alguns nutrientes importantes como ferro, zinco, iodo, cálcio, omêga-3 e vitamina B12, podendo causar danos a saúde.
Além disso, o fato de não consumir estes grupos alimentares não quer dizer que o individuo terá necessariamente uma alimentação saudável, pois essas dietas não excluem da rotina alimentar refrigerantes, doces e diversos produtos industrializados ricos em gorduras trans
Apesar de muito difundida atualmente, a transição para o veganismo pode ser um pouco demorada, pois são poucos os locais que vendem alimentos e produtos voltados a este estilo de vida. Desta maneira, um jantar com amigos ou uma ida a supermercados comuns podem se tornar barreiras nessa transição.
A maioria da população consumidora de carnes, leites e derivados ainda possui certo preconceito com relação ao veganismo e vegetarianismo. Desmistificar estes conceitos e preconceitos já enraizados se torna uma tarefa difícil, mas independente da ética, filosofia ou grupo social no qual estamos inseridos o ato de se alimentar deve ser conservado de acordo com a cultura e condições de cada um, priorizando sempre a manutenção da saúde independente do tipo do estilo de vida escolhido.
Ana Beatriz Nicoletti é Nutricionista e escreve no Acontece Botucatu
Compartilhe esta notícia