O óleo de coco é um produto extraído a partir da polpa do coco fresco e composto por ácidos graxos saturados (mais de 80%) e insaturados.
Famoso por seu consumo supostamente promover a perda de peso, reduzir a circunferência abdominal e por possuir ações antifúngicas e antibacterianas, tornou-se mais um modismo da alimentação como muitos outros produtos.
Atualmente, muitas pessoas o utilizam em preparações culinárias, em cápsulas e principalmente no cafezinho pela manhã como pré-treino com a justificativa de que o óleo possua efeitos termogênicos, que aceleram o metabolismo e potencializam a queima de gordura quando associado à prática de atividade física. Porém, sabe-se que durante o exercício físico, o organismo vai utilizar primeiro fontes de carboidrato como das frutas e alimentos integrais para gerar energia e não a energia fornecida pelo óleo, pois esta será utilizada principalmente no fígado, e não nos músculos.
Dizem também, que o consumo do óleo de coco retarda o esvaziamento gástrico, proporcionando sensação de saciedade por mais tempo. O que não é verdade. Dietas ricas em proteínas são muito mais interessantes para retardar o esvaziamento do estômago do que o consumo de óleos que são absorvidos rapidamente pelo organismo, como o de coco.
Na culinária, o uso do óleo de coco tornou-se comum, pois diferente de outros óleos pode suportar temperaturas um pouco maiores, sem oxidar. Mesmo assim, esta substituição não é recomendada, pois comparado a óleos vegetais (como soja, canola, etc), o óleo de coco por ser rico em gordura saturada pode contribuir para maior risco de doenças cardiovasculares.
Mais uma vez, não existem alimentos milagrosos ou super alimentos. O equilíbrio é sempre a melhor opção. Gosta de coco? Consuma a água e a fruta sempre que estiver com vontade.
Ana Beatriz Nicoletti é Nutricionista e escreve semanalmente no Acontece Botucatu
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