Câncer e alimentação

Ana Beatriz Nicoletti
Câncer e alimentação 05 outubro 2017

 

A campanha outubro rosa, foi criada a fim de alertar as mulheres e toda sociedade sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Este é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, a alimentação e a nutrição inadequadas são a segunda causa de diferentes tipos câncer, sendo a primeira o tabagismo.

O aumento do consumo de alimentos ultra processados, prontos para consumo e bebidas açucaradas podem estar diretamente relacionados ao desenvolvimento de diversos tipos desta doença.

Os refrigerantes, por exemplo, contém a substância 4-MI (4-metil-imidazol), que é um subproduto do corante caramelo IV classificada como possivelmente cancerígena pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, da Organização Mundial da Saúde. Além disso, aquecer alimentos em recipientes plásticos ou adicioná-los quentes a esses recipientes também pode aumentar o risco de câncer, pois o processo de aquecimento pode liberar substâncias nocivas, como a dioxina e o bisfenol A (BPA). Desta maneira, é recomendável transferir a comida para vasilhas de vidro temperado ou de porcelana que suportem o calor, inclusive lasanhas e outras massas prontas que são acondicionadas em bandejas de espuma fechadas com filme plástico.

O consumo excessivo de alimentos industrializados e ultra processados também pode levar ao aumento de peso e obesidade. Uma revisão com mais de mil estudos que incluiu o acompanhamento 93 mil mulheres aponta estreita relação entre ganho e excesso de peso com 13 diferentes tipos de câncer, incluindo o de mama.

Como já é de conhecimento da maioria da população, diversas doenças crônicas não transmissíveis podem ser prevenidas com uma alimentação adequada e mudanças no estilo de vida. Uma alimentação balanceada, incluindo porções de vegetais, frutas, leguminosas e alimentos de diferentes cores como amarelo, verde, vermelho, roxo e laranja podem auxiliar na prevenção de 3 a 4 milhões de casos novos de câncer a cada ano no mundo.

Não se deve atribuir a nenhum alimento ou dieta específica o poder de cura. Pacientes com câncer, em geral, apresentam uma redução no consumo alimentar devido à doença e ao tratamento que por muitas vezes causa náuseas, perda de apetite, alteração de paladar, vômitos e outros diversos sintomas, o que acaba levando a uma perda significativa de peso. Desta maneira, tanto para prevenção quanto para aqueles que já possuem a doença instalada uma alimentação equilibrada é essencial. Essa deve ser variada e composta por diferentes tipos de alimentos protetores e antioxidantes. Havendo disponibilidade financeira, os alimentos orgânicos são sempre mais indicados.

 

 

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