Homem é “engolido” por desmoronamento no Rio Tanquinho

Polícia
Homem é “engolido” por desmoronamento no Rio Tanquinho 15 novembro 2011

Na manhã desta terça-feira, um homem chamado Genivaldo Santana da Cunha, de 38 anos de idade, conhecido como Geninho, literalmente, foi “engolido” por um desmoronamento de terra de uma erosão de mais de 10 metros de altura, causado pelas águas das chuvas, na ponte da Rua Salin Kahil, região da Vila Nogueira, na nascente do Rio Tanquinho.

Esse cidadão, que tem problemas físicos em um das pernas, passava pela calçada quando o desmoronamento de terra arrastou uma árvore conhecida como “casco de vaca”, com raiz e tudo e levou parte da calçada, onde ele estava, já que não conseguiu sair da área de risco ? tempo de ser levado pela terra, ribanceira abaixo.

A equipe de resgate do Corpo de Bombeiros foi acionada e prestou os primeiros socorros ? vítima, fazendo seu deslocamento ao Pronto Socorro (PS) na Unesp, onde permaneceu internada, para uma avaliação. A queda causou lesões em várias partes do seu corpo, principalmente na região da cabeça.

No momento em que a terra cedia um morador de nome Dirceu Simões, fazia uma filmagem da erosão e flagrou a queda do homem. “Eu estava filmando os estragos que a chuva havia feito e percebi que o barranco começou a ceder. Vi o rapaz na calçada e gritei para ele sair dali, mas não deu tempo e a terra veio com tudo arrastando o homem e árvore. Sorte que ainda escapou com vida, pois caiu de uma grande altura e por muito pouco não ficou preso embaixo dos troncos da árvore”, lembra Simões.

Outro morador, Carlos Witzler, acompanhou o trabalho do Corpo de Bombeiros e alegou que o local vem desmoronando há algum tempo e serve de depósito de lixo. “A cada chuva a erosão aumenta. Agora já passou da calçada e se continuar assim vai chegar ao asfalto e afetar as residências próximas. Não bastasse isso, o buraco da erosão se transformou em um depósito de lixo. É necessário que medidas urgentes sejam tomadas, pois a estruturas de concreto da ponte e calçada ficaram seriamente comprometidas”, alertou Witzler.

Além de a chuva causar desmoronamento e erosão na ponte da Rua Salin Kahil, na ponte paralela, ou seja, a que fica na Rua Prudente de Moraes, também sofreu uma erosão que já atingiu a calçada e comprometeu as estruturas de concreto.

“Nas duas pontes a situação é complicada, pois toda a terra está sendo levada embora pela enxurrada, acarretando riscos para quem mora nas imediações. Isso sem falar que a nascente do (ribeirão) Tanquinho fica entre essas duas pontes. Se não forem tomadas medidas emergenciais, Botucatu poderá perder um dos seus mais importantes rios que corta a Cidade”, alertou André Luiz de Oliveira, que mora na Rua Prudente de Moraes, em frente ? ponte.

{n}Área preservada{/n}

O local dos dois desmoronamentos fica em uma área de preservação ambiental que é cuidada pela Organização Não Governamental (ONG) SOS Cuesta, que realizou plantio de árvores e fez uma trilha no bosque para passeios ecológicos.

O coordenador da Defesa Civil do Município, Domingos Chavari Neto revelou que já está ciente do problema. “Estamos elaborando um relatório completo sobre os problemas que estão ocorrendo naquela região da Cidade para que seja encontrada uma solução técnica que resolva o problema”, adiantou Chavari.

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