Padre Marcelo Rossi inaugura maior templo católico do Brasil

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Padre Marcelo Rossi inaugura maior templo católico do Brasil 03 novembro 2012

Foi inaugurado nesta quinta-feira (02), em São Paulo, o novo templo católico idealizado pelo padre Marcelo Rossi. Em missa celebrada a partir das 11h, o Santuário Theotokos – Mãe de Deus, na Avenida Interlagos, em Santo Amaro, ficou lotado. Muitas pessoas acompanharam a inauguração pelo lado de fora, por causa da lotação.

O templo, que fica em um terreno de 30 mil metros quadrados, tem capacidade para receber até 100 mil pessoas. O projeto é assinado pelo arquiteto Ruy Ohtake.

São Paulo, 02 nov (SIR) – É a maior igreja católica do maior País mais católico do mundo, esta, que vai ser inaugurada hoje, na comemoração de todos os Fiéis Defuntos, em São Paulo, pelo «popstar» religioso padre Marcello Rossi, levantada com o dinheiro arrecadado com os seus 12 milhões de cd vendidos e dos quase 9 milhões de cópias de seu último livro.

O Santuário Theotokos ’Mae de Deus’ pode receber até 100 mil fiéis em 30 mil metros quadrados construídos: o altar alto cinco metros pode ser visto por todos nos 142 metros de largura. Ruy Ohtake, o arquiteto de origem japonesa que projetou a obra gratuitamente para o padre Rossi, preparou uma cruz de 44 metros de altura para dominar aquela que será um dos “cartões postais” da capital paulista.

O santuário foi construído num terreno onde antes havia uma cervejaria. A nave central do templo poderá receber 20 mil pessoas, entre sentado e em pé, todos abrigados, e os outros 80 mil poderá participar das celebrações do lado de fora. Foram planejados 500 sanitários, em sua maioria para mulheres e um estacionamento para 2000 carros. Até agora a maior igreja católica no Brasil era o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do País, a 150 quilômetros de são Paulo, com capacidade de 45 mil pessoas, mas existem outros templo maiores na cidade de diferentes igrejas evangélicas e pentecostais.

Na maxi-igreja encontra-se uma reprodução da “Piet? ” de Michelangelo e grandes quadros de Nossa Senhora. Existe também uma cripta em que padre Marcello quer ser sepultado, junto aos bispos da Diocese de Santo Amaro. Construído em estilo moderníssimo, diferente dos outros templos católicos, o santuário é alto entre seis e 25 metros. Na missa de abertura do templo, padre Marcelo convidou vários cantores católicos famosos.

Oito anos e várias promessas de inauguração depois, será aberto em 2 de novembro, com a missa de Finados, o megatemplo do famoso padre Marcelo Rossi, na região de Santo Amaro, zona sul. “Será um novo cartão-postal de São Paulo”, entusiasma-se o sacerdote. “Uma construção para durar 700 anos.” Com capacidade para 20 mil pessoas – e mais até 80 mil na área externa -, será a maior igreja católica de São Paulo.

Para a missa de inauguração, ? s 11h do dia 2, estão confirmadas as presenças dos cantores Alexandre Pires e Agnaldo Rayol. Batizado de Santuário Theotokos – Mãe de Deus, a igreja foi construída em um terreno de 30 mil m² na Avenida Interlagos. Antes, o local abrigava uma indústria de cervejas.

Trata-se do quarto endereço das badaladas missas do sacerdote mais pop do Brasil. Nos outros locais, sempre galpões alugados na região de Santo Amaro, ele enfrentou uma série de problemas com vizinhos, incomodados com o barulho dos eventos religiosos e o grande número de peregrinos católicos.

O terreno definitivo foi comprado em julho de 2004. “Custou R$ 6 milhões”, conta padre Marcelo, ressaltando que pagou mais da metade e o restante foi doado pelo empresário Antônio Ermírio de Moraes. Depois disso, toda a renda obtida com a venda de seus produtos é revertida ? construção da igreja.

Ainda em 2004 surgiu um parceiro de renome. “O arquiteto Ruy Ohtake doou o projeto”, conta o padre. “Como católico, quero o bem da humanidade”, comenta o arquiteto. “Quando elaborei o projeto, desenhei o espaço procurando reflexão e meditação.”

O que seria um presente acabou se revelando um problema. “Com o projeto cheio de curvas, tudo passou a custar dez vezes mais”, diz o padre. Ele não revela, de jeito nenhum, o valor gasto nas obras. De acordo com suas contas, o templo terá capacidade para 100 mil pessoas. “Será o maior do mundo”, exagera – na Basílica de São Pedro, no Vaticano, cabem 60 mil fiéis apenas na área interna. Ohtake é mais comedido: diz que a igreja comportará em torno de 20 mil pessoas, mais 60 mil no pátio descoberto.

A maquete foi apresentada em dezembro de 2004. No projeto, uma cruz de 44 metros de altura que pode ser vista a 1 km de distância. Tudo em estilo moderno contemporâneo, bem longe da estética tradicional dos templos do catolicismo. Graças ? s curvas, o pé-direito varia de 6 a 25 metros. A marca principal é o altar, de 5 metros. Outro ponto nobre: uma cripta, sob o altar, onde serão guardados restos mortais de padres e bispos da Diocese de Santo Amaro.

Foram muitas as promessas de inauguração: novembro de 2005, maio de 2006, Natal de 2006, julho de 2007 e… “Será em algum agosto. O de Deus”, passou a esquivar-se, de quatro anos para cá.

O padre contou que dinheiro foi o principal problema. “Em 2009, em um almoço, d. Fernando (Figueiredo, bispo de Santo Amaro) disse que nem com décadas de venda de CDs conseguiríamos pagar o Santuário”, relata. “Fiquei muito chateado.” Mas o padre foi salvo por um best-seller. Lançado em 2010, o livro Ágape vendeu 8,2 milhões de cópias. E trouxe na esteira outros sucessos: o CD Ágape (1,9 milhões de cópias vendidas), o livro infantil Agapinho (600 mil), o DVD Ágape Amor Divino (302 mil) e o CD de mesmo nome (283 mil). “Isso tudo viabilizou nossa obra”, conta.

Considerado um polo gerador de tráfego por reunir mais de 500 pessoas, o santuário teve de cumprir uma lista de exigências da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para reduzir impactos no trânsito. Mas o pacote de obras viárias não tem alcance para evitar longos congestionamentos em dias de maior movimento. O órgão solicitou apenas instalação de semáforos, placas de sinalização, câmera de monitoramento e guias rebaixadas, entre outras medidas paliativas.

Erguida em uma das vias mais congestionadas da cidade, a igreja tem acesso pelo corredor norte-sul ou pela Marginal do Pinheiros. Segundo os responsáveis pela obra, a maior parte dos fiéis usa fretados ou transporte público. Nesse caso, a preocupação recai sobre o tamanho do estacionamento para ônibus.

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