Nova fábrica de rações vai funcionar em 2014

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Nova fábrica de rações vai funcionar em 2014 06 dezembro 2013

Uma das novidades da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu para o ano de 2014 é o início do funcionamento da nova fábrica de rações. As obras estruturais, realizadas com recursos da Faculdade de Medicina e da Reitoria, já estão concluídas em área da Fazenda Experimental Lageado. Com 800m2 de construção, as instalações foram construídas dentro dos padrões de controle de qualidade exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, com atenção total ? s Boas Práticas de Fabricação (BPF) e condições higiênico-sanitárias adequadas.

Para atender as normas de fabricação dos produtos destinados ? alimentação animal foram necessários investimentos em equipamentos novos, que permitem a instalação de duas linhas de produção: uma para ruminantes e outra para monogástricos para evitar o risco de contaminação cruzada. Os equipamentos da fábrica que está em funcionamento atualmente não serão utilizados na nova estrutura. A nova unidade aguarda a entrega da totalidade dos equipamentos para entrar em plena atividade, o que deve acontecer até abril do próximo ano.

As inovações tecnológicas implantadas na nova fábrica vão garantir a criação de uma unidade de excelência, capaz de atender ? missão e visão de futuro determinadas no PDI/Unesp. Quando estiver em pleno funcionamento a nova unidade terá capacidade de produzir até duas toneladas por hora de ração animal para ruminantes e não-ruminantes, destinadas aos diversos setores da fazenda e aos projetos de pesquisas do câmpus de Botucatu.

A nova fábrica deve viabilizar uma linha para produção de rações extrusadas, capaz de atender a áreas especificas de animais monogástricos, como é o caso de rações para animais de companhia e aquicultura. Essas áreas estão em expansão, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).

Segundo o órgão, o mercado “pet” apresentou um crescimento de 11,42% em 2012 comparado a 2011, sem considerar os criadouros. Com isso, esse mercado já representa 0,39% do PIB nacional, fatia expressiva e mercado de trabalho para colocação de futuros alunos de Medicina Veterinária e Zootecnia.

A linha de produção de rações extrusadas permitirá o avanço nas pesquisas nas áreas de nutrição de cães, gatos e peixes, aves e suínos, que já representam uma tendência de estudos mundial, por melhorar o desempenho dos animais e diminuir impacto ambiental. A fábrica terá capacidade para produzir até 400 kg por hora de rações extrusadas.

Todos os projetos de pesquisa associados ao funcionamento da fábrica têm, em sua essência, a busca por conceitos e estudos sobre a qualidade da nutrição animal. O intuito é levar ? comunidade científica e aos consumidores respostas e direções seguras a respeito dos alimentos, não somente em termos de desempenho e viabilidade econômica, mas também em relação ? qualidade deste produto final considerando a saúde humana.

A fábrica permitirá ampliar o número de espécies atendidas, além de outros benefícios. “Teremos uma melhora significativa na qualidade das rações em função do melhor controle de estocagem das matérias-primas, maior uniformidade das partículas, melhor mistura e diminuição do risco de contaminações cruzadas”, ressalta André Michel de Castilhos, zootecnista do Departamento de Melhoramento e Nutrição Animal e responsável técnico pela nova Fábrica. “A nova estrutura também permite a melhor limpeza dos equipamentos e mais silos para a estocagem das rações prontas (silos de expedição), todos parâmetros considerados essenciais para a produção de uma ração com qualidade certificada e segura”.

Ela vai atender a demanda de produção de dietas tanto para as pesquisas nas Fazendas de Ensino, Pesquisa e Extensão e para as atividades do Hospital Veterinário da FMVZ. Também será possível a confecção de fórmulas mais específicas e refinadas para estudos com vitaminas, minerais, aminoácidos e aditivos que participam em pequenas quantidades nas formulações e que requerem excelente mistura final e cuidados para não serem destruídos durante o processamento (enzimas, fitogênicos, vitaminas, entre outro).

“A expectativa é que a fábrica garanta a abertura de novas linhas de pesquisa em qualidade de alimentos e a implantação de programas de controle de matérias-primas e de rações que serão produzidas ao longo do processamento dentro de um conceito de certificação de origem, permitindo avanço nas pesquisas de impacto internacional”, observa de Castilhos.

O novo espaço também vai facilitar a realização de estágios para alunos de graduação em disciplinas como Formulação de Ração; Processamento de Alimentos; Alimentos e Bromatologia; Nutrição de Peixes e Animais de Companhia.

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