Médica de Botucatu canta para bebês e muda rotina em UTI neonatal

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Médica de Botucatu canta para bebês e muda rotina em UTI neonatal 05 setembro 2017

 

Assessoria HC

Além do barulho dos equipamentos médicos e do choro dos bebês, o que se ouve também nos quartos e corredores da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital das Clínicas é som de música. O ritmo fica por conta do ukulele, uma espécie de mini violão – também conhecido como violão havaiano – e a letra emana da voz da médica residente Isadora Pimentel de Souza, de Botucatu (SP).

Há pouco mais de dois meses, Isadora encontrou espaço na rotina de cuidados com os pequenos pacientes para colocar em prática um antigo hobby e deixar os dias mais leves para quem enfrenta a internação desde os primeiros dias de vida. Voluntariamente, ela incluiu a música no tratamento dos bebês.

“Há um tempo eu comprei esse instrumento e senti a vontade de trazer, por ele ser portátil, e poder dividir a música com os bebês. Então a gente procura fazer isso sempre que está mais tranquilo no berçário, quem pode participar naquele momento vem e canta junto, é muito legal, muito gratificante”, explica.

O resultado de todo esse cuidado pode ser visto na reação dos bebês. “A gente percebe que relaxa, tem alguns bebês que chegam até dormir. Os pais, principalmente dos bebês que estão há muito tempo aqui, com algum problema crônico, se sentem aliviados. É um momento de descontração, quando eles podem interagir com a nossa equipe de um jeito além do profissional”, destaca a médica.

Durante os dois primeiro meses de vida, a pequena Yasmin, que nasceu prematura quando a mãe completava oito meses de gestação, precisou dos cuidados da UTI Neonatal. Para mãe, Luele Geovana de Oliveira, a música foi um alento para enfrentar esse período de dificuldade.

“Foi muito bom ter esse momento que ela cantava para a gente. Distraía um pouco a cabeça porque é muito difícil passar por tudo isso, ter que ficar todos os dias aqui, inclusive dormindo aqui no hospital”, ressalta. Depois de muita cantoria, a bebê e a mãe puderam ir para casa na terça-feira (29).

Já para quem lida tão de perto com a dor desses pequenos pacientes, a música também é uma forma de amenizar a dureza do dia a dia de trabalho no hospital.

Uma prova disso é que, sempre que podem, outras pessoas da equipe também participam da iniciativa de Isadora.

“Foi uma ideia que eu tive, mas logo o pessoal todo abraçou, então quem tem um tempinho, está disponível e quer vem cantar junto. O objetivo de divulgar esse trabalho é justamente sensibilizar as pessoas para qualquer tipo de arte que possa ajudar no tratamento das pessoas que estão internadas. Acho que trazer qualquer tipo de arte para essas pessoas vale a pena.”

Fonte: Portal G1

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