Há 20 anos Botucatu parava pela morte de Plínio Paganini

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Há 20 anos Botucatu parava pela morte de Plínio Paganini 03 janeiro 2017

 

Há 20 anos, falecia Plínio Paganini, filho dos imigrantes italianos Primo Paganini e Elvira Gallo Zanotto Paganini, e que nasceu no dia 18 de novembro de 1927.  Plínio trabalhou desde muito cedo como vendedor de jornais nas estações da Estrada de Ferro de Botucatu e Vitoriana, locais aonde chegava ainda de madrugada com seu pai para pegar o primeiro trem da manhã com destino à cidade, a fim de garantir a primazia das vendas realizadas dentro do trem.

Foi levado ao rádio pelo seu irmão mais velho, Octacílio Paganini, e ingressou no quadro de funcionários da Rádio Emissora de Botucatu, a PRF-8, em 1941. A partir daí, atuou nos mais variados setores do rádio, até atingir o cargo de gerente, em 1956.

Em março de 1964, criou o programa noticioso “O Palanque”

O fato de Plínio atuar como gerente da Rádio Emissora de Botucatu não fez com que ele se afastasse de outras funções. Repórter por deliberada decisão, combinou suas atividades de direção da F-8, com a de noticiarista esportivo. Mas não apenas isso: atuou como repórter policial, político e social, cobrindo as mais variadas atividades da cidade de Botucatu, durante seus 60 anos de rádio.

Plínio Paganini também participava ativamente da cobertura de eventos religiosos que constantemente eram transmitidos pela PRF-8. Vale destacar que o Plínio dedicou especial atenção a dois eventos anuais que marcam a vida da cidade de Botucatu até hoje: o programa do dia das mães e as competições esportivas da Olimpíada Infantil, ambos promovidos pela F-8.

Sua realização plena como radialista estabeleceu-se nesses dois eventos, celebrizando as participações infantis de forma tão marcante e inesquecível. Plínio foi ainda repórter-esportivo, gerente, diretor e proprietário do jornal “Correio de Botucatu”, permanecendo como responsável pela publicação até o ano de 1977, quando esse jornal foi desativado.

Organizou uma experiência de jornal diário, criando o “Diário de Botucatu”, publicação que existiu por mais de dois anos. Além da Imprensa, Plínio Paganini também atuou na área política. em 1954, candidatou-se ao cargo de vereador, sendo eleito para seu primeiro mandato.

Motivado e cheio de energia, saiu dali para ser candidato a vice-prefeito na chapa de José da Silva Coelho, que concorria pela segunda vez ao cargo de prefeito.

Como as eleições eram separadas – prefeito e vice – elegeu-se como vice-prefeito, tendo sido seu prefeito eleito na mesma ocasião, de partido oposto – Emílio Peduti. Ao final daquele mandato, em 1963, assumiu pela primeira vez a cadeira de prefeito, por causa da repentina morte de Peduti. No período de 1970 e 1971, foi presidente da câmara municipal, e entre 1973 e 1977, prefeito de Botucatu.

Na F-8 ficaram, então, seus irmãos Élcio e Octacílio, cabendo ao primeiro a tarefa de criar e dirigir uma nova emissora: a F-8 Cultura Estereofônica de Botucatu, a primeira emissora FM da cidade.

Quando o mandato de prefeito chegou ao fim, ele voltou ao rádio, dando continuidade a uma trajetória de grande dedicação à PRF-8 que foi interrompida no dia 3 de janeiro de 1997, data em que Plínio Paganini faleceu. Ele deixou realizações importantes e exemplos que demonstram muito empenho, garra e determinação nas atividades que desenvolvia.

Texto: João Carlos Figueiroa

Edição: Adriana Donini

Fonte: radiobotucatu.blogspot.com.br

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