Encontro discute “Fraternidade e Tráfico Humano”

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Encontro discute “Fraternidade e Tráfico Humano” 09 abril 2014

Na manhã desta quarta-feira (9), no Centro de Lazer Nova Aurora, foi realizada um encontro para discutir o tema da Campanha da Fraternidade 2014 – “Fraternidade e Tráfico Humano” com o lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou”. A ação faz parte das atividades em comemoração aos 159 anos de Botucatu. A campanha conta com o apoio da Arquidiocese de Sant´Anna e da Prefeitura de Botucatu.

O evento contou a presença do vice-prefeito, Antonio Luiz Caldas Júnior; secretária de Assistência Social, Amélia Maria Sibar; coordenador da campanha, Jairo do Amaral; e a presidente da Caritas Arquidiocesana de Botucatu, Maria Rosa Guerreiro. Além de assistentes sociais, representantes entidades, associações e projetos.

O objetivo geral da Campanha da Fraternidade de 2014 é identificar as práticas de tráfico humano em suas várias formas e denunciá-las como violação da dignidade e da liberdade humana, mobilizando pessoas na erradicação deste mal.

A escolha do tema surgiu com a proposta dos Grupos de Trabalhos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e de Combate ao Trabalho Escravo, junto ? Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e a entidades ligadas ? Pastoral da Mobilidade Humana.

Durante o encontro foi realizada uma palestra para os presentes ministrada pela Dra. Tânia Teixeira Laky de Souza, professora nas áreas de Direito e Serviço Social e Pesquisadora do Núcleo de Estudo e Pesquisa sobre Identidade do Programa de Estudos Pós Graduados em Serviço Social da PUC/SP. Ela é autora também do livro “Tráfico internacional de Mulheres: nova face de uma velha escravidão”.

Segundo Tânia, que trabalha com este tema há mais de 20 anos, o tráfico humano expressa uma questão social que está inserida no meio da sociedade. “É um crime silencioso que acontece em várias modalidades” explica.

De acordo com a secretária de Assistência Social, Amélia Maria Sibar, em Botucatu não há registro de qualquer caso de tráfico humano. “Graças a Deus isso nunca chegou até nós. Porém registramos cerca de cinco casos por mês de tráfico laboral, pessoas que são vindas de outros lugares para trabalhar em Botucatu e no fim se tornam escravos de seus patrões. Isso ? s vezes não se torna visível para a sociedade”, comenta.

Na visão do vice-prefeito, Antonio Luiz Caldas Júnior, o tema abordado na Campanha deste ano trata de uma das maiores tragédias humanas. “É um assunto que a maioria das pessoas nem imagina que ainda existe. Um tema que tem de ser tratado com todo o interesse público”, destaca.

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