Aos 92 anos “seu” Dito guarda a capela de Ana Rosa

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Aos 92 anos “seu” Dito guarda a capela de Ana Rosa 17 maio 2013

Fotos: Valéria Cuter

Com média de 25 visitas diárias, a capela de Ana Rosa, instalada no Bairro do Lavapés, na entrada da Praça da Juventude, na Cohab I, é considerada um local místico, onde muitos garantem que conseguiram milagres através de orações e promessas. A capela em si é pequena e rústica e no seu interior um altar com imagens de vários santos. Ao lado o “velário”, onde a camponesa Ana Rosa teria sido sepultada depois de ser, brutalmente, assassinada pelo seu marido Francisco, que era conhecido como Chicuta.

Quem toma conta desta capela que guarda todo esse misticismo é Benedito Moreira, de 92 anos de idade, carinhosamente chamado pelos visitantes de “seu” Dito. Ele diz que a capela é aberta para visitação pública durante o dia, mas sempre têm pessoas que aparecem ? noite, geralmente de outras cidades, querendo fazer uma oração e ele não se recusa a abrir a porta. Conta que faz esse trabalho há 20 anos.

“Tenho prazer em prestar esse atendimento ao público de domingo a domingo. Algumas pessoas vêm aqui em busca de um milagre, outras para pagar uma promessa feita. Essas pessoas juram que conseguiram graças através de Ana Rosa, que é considerada uma santa milagreira. Eu também recebi uma graça e o pedido que fiz foi ficar aqui tomando conta da capela até morrer”, diz Moreira. “Gostaria de chegar aos 100 anos”, emenda.

Também no Cemitério Portal das Cruzes, o jazigo onde Ana Rosa foi sepultada é o mais e florido. Localizado próximo ao Cruzeiro (onde as pessoas acendem velas) têm em toda sua extensão dezenas de placas de agradecimento fixadas por pessoas que conseguiram milagres. É o local mais visitado do Portal, principalmente, no Dia de Finados.

“Sempre que posso dou uma passada no túmulo de Ana Rosa. Muita gente não acredita que ela pode fazer milagres, mas ninguém iria colocar uma placa de agradecimento se não tivesse recebido uma graça qualquer, não é verdade?”, observou Moreira. “Respeito os que não acreditam, mas aqueles que acreditam também devem ser respeitados”, complementou.

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