QUEM DIRIA QUE UM ARGENTINO SENSILBILIZARIA O POVO BRASILEIRO?

Rubens Almeida
QUEM DIRIA QUE UM ARGENTINO SENSILBILIZARIA O POVO BRASILEIRO? 25 julho 2013

É, minha gente, nós brasileiros – de todos os cantos deste país movido, quase que em tudo, pela lei do mais forte – tivemos uma belíssima oportunidade para reciclarmos a postura esdrúxula que temos em relação ao povo argentino. A estada no Rio de Janeiro, desde a última segunda-feira, da Santidade máxima católica, o Papa Francisco, entre nós, mostrou perfeitamente que estamos completamente errados quando fazemos as mais variadas brincadeiras (todas, de muito mau gosto) quando o assunto é a Argentina e a sua gente. O comandante da Igreja Católica em todo o Universo, esbanjou simpatia e demonstrou ser dono de um coração simples, generoso e “pra” lá de solidário.

A presença deste “preconceito”, ou melhor dizendo, rivalidade, acontece, principalmente, quando ocorrem competições esportivas entre o Brasil e a Argentina. O futebol é o maior foco do tal abuso cometido aos nossos irmãos vizinhos. Brincadeiras de todos os tipos e gostos são vinculadas, ? s vezes, até nos noticiários televisivos; aliás, esse tratamento pejorativo que adotamos com os argentinos nos foi empurrado “goela” abaixo, em grande parte, por esses tais “formadores de opinião” da mídia nacional.

Claro que a vinda do Papa Francisco ao Brasil para prestigiar a Jornada Mundial da Juventude, me propiciou a chance de dizer o que penso desse peculiar tratamento que adotaram em relação aos argentinos, entretanto, posso confessar que, de fato, aproveitei o momento, para rememorar a satisfação de manter uma bonita amizade com dois estudantes argentinos que residiram, por alguns anos, em Botucatu, com quem, até hoje troco mensagens.

“Bão”, agora vou dizer o que achei da ilustre visita do Papa, esta figura maravilhosa, que com a mais elevada consideração dirigiu-se ao povo. Com ternura e singeleza demonstrou a que veio. De maneira carinhosa e educada foi corajoso, ao dispensar os carros blindados.

A autoridade máxima da igreja católica há pouco mais de quarenta dias comanda a Igreja Católica em todo o planeta e tão logo veio cobrir nosso país de bênçãos, com a maestria de quem ocupa tão prestigiado posto de uma das religiões mais difundidas no mundo.

Foi simplesmente fantástica sua chegada por aqui, por sinal, mostrada em detalhes por quase todos os canais de televisão. Sua passagem num carro com vidros abertos e em meio a um amontoado de fiéis nas diversas avenidas da “Cidade Maravilhosa”, com certeza, ficará para a história.

Emocionante demais também foi o beijo dado naquele menino de pouco mais de sete meses (Gabriel), que estava no colo da sua mãe, na chegada da Avenida Rio Branco, lá no Rio de Janeiro. Mesmo estando sob forte proteção de seguranças o carismático Papa encontrou caminhos para abraçar e beijar uma criança. Que gesto grandioso!

E aquela multidão de mais de 300 mil pessoas que, mesmo com chuva e uma baixíssima temperatura, aglomeraram-se desde as primeiras horas da madrugada do dia 24 de julho, nos arredores da Basílica de Aparecida, em Aparecida do Norte, onde ele rezou uma missa em espanhol aos fiéis presentes? Que coisa linda! Que “baita” demonstração de fé do povo brasileiro com a nossa Padroeira Nossa Senhora Aparecida e que bonita recepção do povo paulistano ao Papa Francisco.

Como vem acontecendo frequentemente no Brasil, sempre que alguém importante nos visita, vem lá um componente da política nacional e faz lá o seu discurso. Desta vez, as honras ficaram por conta da nossa robusta Presidente da República Dilma Roussef. Que pena! Quanta besteira foi dita pela senhora “Presidenta”!

Em seu discurso “pra” lá de cansativo (por pouco o Papa Francisco não dorme na cadeira), a nossa “chefa” teve a coragem de afirmar que o governo brasileiro compartilha com o Papa, de todos os intentos que ele tem em favor dos mais pobres. Vai ser “cara de pau” assim lá nas reuniões dos seus companheiros em Brasília, senhora “Presidenta”.

Que belo “gancho”! Aproveito a ocasião para convidar todos aqueles políticos e seus aliados (pena que esta minha “prosa” não chega até as mãos da companheira Dilma) que se atrevem dizer que no Brasil não tem mais pobreza e que ninguém mais passa fome por aqui, para me acompanhar em algumas visitas que faço, juntamente com alguns colegas de grupo, pela periferia do município; aliás, Botucatu é uma cidade menos sofrida que as demais neste quesito, graças ? generosidade da sua gente, que sempre divide um pouco daquilo que Deus lhe ofereceu com os menos favorecidos.

No dia seguinte daquela fatídica entrevista me deparei com inúmeras pessoas que sequer tinham como se refugiar da baixa temperatura que castigou terrivelmente toda a nossa região.

Apesar de todo esse blá, blá, blá dirigido ? Santidade pela companheira mor do país, o nosso querido e rico Brasil depois de um verdadeiro turbilhão de protestos dos mais variados, desencadeados em várias cidades brasileiras (uns de maneira ordeira e outro plenos de uma bandidagem inadmissível) pelos quais que passou, viverá, a partir de agora, melhores dias com essa visita. Certamente a vinda do Papa ao Brasil trouxe um clima de paz, muita reflexão, um certo alívio e, o mais importante: a esperança por um amanhã muito melhor.

Por fim, gostaria de rechear este meu “conto” com uma bonita frase dita pelo Papa Francisco na missa que celebrou na Basílica de Aparecida do Norte, até como forma de reflexão para todos nós: “… o dinheiro, o poder, o sucesso e o prazer são ídolos passageiros…”.

Meu afetuoso abraço desta semana é endereçado a toda família Borgato, muito especialmente, aos meus queridos irmãos e parceiros de causas, Magda e Fernando Borgato. Estes parceiros, juntamente com os seus familiares e amigos (perto de 700), festejaram na noite do último dia 23 de julho, na impecável e encantadora Estância Natália, os 35 anos de atividade da progressista Construtora Resiplan.
Toda a arrecadação auferida nesta festa foi destinada a entidades assistenciais da cidade. Caros amigos, parabéns pelo brilhante gesto de generosidade.

{n}Rubens de Almeida – Alemão
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