Prezado leitor, nesta semana gostaria muito de falar um pouquinho sobre o produtivo encontro visando o futuro do funcionamento do Hospital Sorocabana, realizado na quarta-feira que passou, no auditório Ciro Pires.
Também é verdade que dois temas palpitantes, que vêm chamando a atenção de todos os paulistanos (o uso indevido das tais sacolinhas nos supermercados e a lei que tenta coibir o consumo do álcool) me motivariam a tecer uma manifestação equilibrada, no entanto….
A vida é bem assim, sem que antes estejamos preparados, vem lá uma notícia espantosa, dessas que pegam todo mundo de surpresa e, sem piedade, sufocam o nosso coração.
Foi exatamente isso que aconteceu na madrugada da última quinta-feira (26/01) quando nos chegou a triste informação do grave acidente automobilístico ocorrido na Rodovia Marechal Rondon, que vitimou um casal de amigos de muita gente na cidade. Que notícia triste! Como foi difícil acreditar que, mais uma vez, fomos surpreendidos por esse fenômeno, chamado morte, que não escolhe nome, hora e, muito menos, o dia de chegar.
Desta vez, perdemos não só um amigo, mas sim, duas criaturas maravilhosas, dois namorados apaixonados que eram adorados por uma imensidão de pessoas, muito especialmente, por aqueles que faziam parte do seu cotidiano.
Lamentavelmente, em meio a muitas lágrimas, tivemos que aceitar a vontade DELE, o nosso PAI, que, de uma só vez, levou para ir morar ao seu lado meus amigos Edson Antonio e Regina Rosa, duas pessoas com as quais, há vários anos, compartilhei uma amizade e pude contar com a solidariedade de ambos.
Às vezes me pergunto: por que essa nossa vida é tão misteriosa. O quê explica duas pessoas saudáveis, cheias de esperanças, comprometidas com tudo aquilo que faziam, admiradas por seus colegas e familiares, de bem com a vida, enfim, duas figuras maiúsculas, completamente voltadas para o bem, nos deixarem de maneira tão repentina? Com certeza, essa pergunta nenhum de nós conseguirá responder.
Quis ELE também, que a maior riqueza desse admirável casal, a pequena Bianca, não estivesse acompanhada dos seus pais nessa trágica viagem (senão, a tragédia seria ainda maior) e permanecesse conosco por mais algum tempo. Certamente ELE, com todo o seu Poder saberá comandar os destinos dessa preciosidade de apenas 16 anos, abençoando todos os seus passos e, principalmente, dando forças para que possa superar esta triste e lamentável situação.
Nóis que fazemos parte de um grupo maravilhoso de pessoas do bem, que executa com muita dedicação o projeto CRIANÇA FELIZ e, duas vezes por ano, (no Dia das Crianças e ? s vésperas do Natal), dedicamos parte do nosso tempo a muitas crianças carentes, estamos enfraquecidos com a inesperada partida de ambos.
A saudade, certamente vai apertar e, por muito tempo, será nossa companheira; porém, caros amigos, devemos ter convicção de que Deus nos confortará.
Sempre que uma fatalidade desse porte acontece, vem em minha mente algumas das muitas músicas que conheço que retratam a partida para o outro mundo. Muitas delas confirmam que de fato, estamos neste mundo incerto só de passagem.
Pelo fato desse trágico acidente ter ocorrido num tempo de muita chuva, confesso que, durante aquele dia inteiro, lembrei-me do trecho de uma bela canção (CUVA CAI LÁ FORA), interpretada pela dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano: … como a água vai procurando o mar; sem dizer adeus, foi pra não voltar….
Até qualquer dia, estimados amigos. Com certeza, um dia, voltaremos a nos encontrar. Descansem em paz, inesquecíveis e já saudosos companheiros de estrada.
Com o coração muitíssimo apertado, envio o meu carinhoso abraço desta semana a todos os meus companheiros do Projeto CRIANÇA FELIZ (Braw Tonini, André Ricardo Teixeira Pinto, Luiz Fernando Nali, Doutor Mário Roque Simões, Sérgio Rossi, Capitão Salvador Theodoro, Jaiminho Contessotti, Ronaldo da Silva e João Silvio Abílio). Queridos amigos, certos da nossa permanência temporária por este mundo e de nossa insignificância, vamos em frente, fazendo hoje o que pudermos por um mundo melhor, pois a vida é só o agora, o amanhã pertence a Deus.
{n}Rubens de Almeida – Alemão
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