Confirmados três casos de dengue em Botucatu

Saúde
Confirmados três casos de dengue  em Botucatu 26 janeiro 2015

A Vigilância Ambiental em Saúde de Botucatu confirmou nesta segunda-feira (26) os primeiros casos de dengue de 2015. Os infectados são residentes do Jardim Dona Nicota de Barros (região Leste), Jardim Botucatu e Califórnia 1 (região Oeste). Todos eles são casos importados, ou seja, quando a pessoa contrai a doença fora do Município. Neste caso os envolvidos relataram ter se deslocado até as cidades de Trindade (GO), Olímpia e Sorocaba (SP).

“Todos os procedimentos básicos já foram realizados como busca ativa e eliminação de novos criadouros em um raio de quase 200 metros da moradia destes pacientes, que tiveram sintomas brandos e por isso não precisaram ser hospitalizados. No Jardim Botucatu foi preciso fazer nebulização pela alta infestação de mosquitos, salientando que este é um procedimento realizado em último caso porque o uso indiscriminado do inseticida pode fortalecer a resistência do inseto”, argumenta Rodrigo Iais da Silva, diretor de Departamento em Planejamento em Serviços de Saúde.

A cada novo caso confirmado de dengue, o objetivo central da VAS é sempre de quebrar o ciclo da doença, isto é, evitar que um novo mosquito sadio pique a pessoa já infectada e retransmita o vírus a outras pessoas, podendo assim desencadear uma epidemia. Além do período de chuvas, outra preocupação é a proximidade com o Carnaval. Isso porque, neste período, muitas pessoas decidem viajar a cidades onde a infestação do mosquito Aedes aegypti e circulação da dengue é alto. Nestes casos a utilização de repelentes pode ser uma alternativa paliativa para que esta pessoa não retorne à sua cidade de origem infectada com dengue.

“Por isso o foco das campanhas está sempre na conscientização das pessoas, para que elas próprias monitorem suas residências, evitando o acumulo de água limpa em qualquer recipiente, e estimulando os vizinhos a fazerem o mesmo. E esse cuidado deve ser redobrado quando ficamos ausentes de casa por alguns dias: seja para a troca e limpeza dos cantis de bebedouro dos animais até àquela piscina que está descoberta e sem tratamento adequado. Se cada um cuidar do seu espaço próprio, as chances de proliferação do mosquito e da doença serão reduzidas”, complementa.

Em 2014, de acordo com a Vigilância Ambiental em Saúde, Botucatu registrou um total de 20 casos confirmados de dengue: 18 deles importados e outros dois autóctones.

 

ADL e identificação de agentes

Neste mês de janeiro a Vigilância Ambiental em Saúde de Botucatu está realizando Avaliação de Densidade Larvária (ADL). A atividade mede o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) em sua fase larvária e identifica quais recipientes dos domicílios são potenciais criadouros do inseto. 

Por este motivo a VAS ressalta a importância de se permitir a visita do agente de saúde pública aos imóveis, pois os funcionários têm experiência na área e podem identificar possíveis criadouros do mosquito, os quais podem passar despercebidos pela população.

“Nossos agentes estão sempre com uniforme da Secretaria Municipal de Saúde e crachá. Qualquer dúvida, a população ainda pode entrar em contato pelo telefone 150 para confirmar a veracidade das informações passada pelo agente. Qualquer outra pessoa, que não esteja devidamente identificada como agente de saúde da VAS, não deve ser autorizada a entrar no imóvel”, orienta Silva.

 

Sintomas da dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que pode ter manifestações assintomáticas até quadros graves e fatais. Ela é causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), ocorrendo principalmente nos países tropicais, onde as condições são favoráveis à proliferação do seu vetor: o Aedes aegypti. 

O vírus da dengue possui quatro sorotipos: Denv 1, Denv 2, Denv 3 e Denv 4. Estes quatro sorotipos já circulam no Brasil. Desde 1990, quando se estabeleceu a transmissão de dengue no Estado de São Paulo, o padrão epidemiológico da doença tem apresentado períodos de baixa transmissão intercalada com a ocorrência de epidemias, estas geralmente associadas à introdução de novo sorotipo ou à alteração do sorotipo predominante.

Muitos também costumam confundir sintomas da dengue com as de gripes e resfriados. No caso das doenças respiratórias, febre e dores de cabeça e muscular costumam ser de baixa e média intensidade, além de virem acompanhadas por dor de garganta, tosse, secreção nasal e espirros, o que não ocorre na dengue. 

Os sintomas característicos da dengue são: febre alta [acima de 38°C], dores intensas de cabeça, no fundo dos olhos, e por todo corpo, onde também podem aparecer manchas vermelhas.

Ao identificar esses sinais clássicos de dengue, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente e ficar em repouso permanente de 10 a 15 dias. Neste período, a Secretaria Municipal da Saúde, através da VAS, iniciará todas as atividades necessárias para evitar a transmissão da doença no Município.

 

Dicas para combater o mosquito e os focos de larvas

• Manter a caixa d’água sempre fechada e vedada adequadamente 

• Limpar periodicamente as calhas da casa 

• Não deixar acumular água sobre lajes, imperfeições do piso e recipientes 

• Lavar, com escova e sabão, a parte interna e borda de recipientes que possam acumular água (ex: bebedouros de animais) 

• Não expor recipientes à chuva, deixando eles sempre em lugares cobertos e de cabeça para baixo 

• Jogar desinfetante, detergente ou sabão em pó em ralos pouco utilizados 

• Não deixar acumular água nos pratos dos vasos de plantas

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