Ação em Botucatu vai mapear geneticamente o vírus
Botucatu vacinou mais de 74 mil pessoas em apenas uma semana do estudo clínico sobre o Coronavírus e suas variantes.
Houve no último domingo, dia 16, a histórica a vacinação em massa da população adulta entre 18 e 60 anos contra a covid-19.
Durante a semana mais duas ações foram realizadas para a sequência da pesquisa que pretender mapear geneticamente as cepas em circulação no município, sendo uma delas neste sábado, 22, para pessoas que não puderam se imunizar no chamado “Dia D”.
A distribuição do total aplicado no município ocorreu da seguinte forma:
Dia 16/05 – foram 66.730 moradores imunizados
Dia 18/05 – foram 2.400 estudantes da Unesp que moram em Botucatu imunizados
Dia 22/05 – foram 5.269 moradores imunizados
No total foram aplicadas a primeira dose da vacina Oxford/AstraZeneca em 74.399 pessoas. A expectativa é de vacinar aproximadamente 80 mil moradores de Botucatu. A vacinação tem prazo para ser concluída para a sequência do estudo.
Todo o processo durante a semana teve o acompanhamento e auditoria realizadas pelas Forças de Segurança do Município (Guarda Civil Municipal, Polícia Civil e Polícia Militar), OAB Botucatu, Justiça Eleitoral, Ministério Público e Tribunal de Justiça de São Paulo.
A vacinação em massa em Botucatu faz parte do projeto de estudo da vacina produzida pelo laboratório Astrazeneca, Universidade de Oxford e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), elaborado pela parceria entre a Prefeitura, Ministério da Saúde, Governo Federal, Unesp, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, e Fundação Gates. A pesquisa quer mapear o sequenciamento genético do vírus na cidade com as várias cepas circulantes.
O estudo
A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) no mês de abril. As doses da vacina AstraZeneca/Oxford foram doadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ao estudo.
O município tem cerca de 150 mil habitantes – 106 mil são maiores de 18 anos. Pelo projeto de vacinação em massa, todos esses serão vacinados, e os casos positivos na região, sequenciados. Com isso, será possível saber a efetividade da vacina produzida pela Fiocruz contra todas as cepas que circulam na cidade.
Trata-se de um estudo clínico muito complexo. A proposta de realização dessa pesquisa envolve o laboratório AstraZeneca, Universidade de Oxford, Fiocruz, Fundação Gates, Unesp/HCFMB, Prefeitura de Botucatu e Embaixada do Reino Unido.
Além da efetividade contra as variantes, a pesquisa servirá de subsídio para comparar o quão eficiente foi a vacinação em massa em relação aos outros municípios da região. Botucatu conta com uma unidade do Hospital das Clínicas da Unesp, o que faz do município um polo de referência em relação às localidades vizinhas.
O estudo terá uma duração estimada de oito meses, que incluirá a aplicação das duas doses e o acompanhamento da população que recebeu essas vacinas.
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