Bruno Covas diz que tirou João Cury da Secretaria de Educação após condenação em 2ª Instância

Política
Bruno Covas diz que tirou João Cury da Secretaria de Educação após condenação em 2ª Instância 29 janeiro 2020
Foto Tv Cultura

O Prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi o entrevistado do tradicional Programa Roda Viva, da TV Cultura. A entrevista ocorreu na noite desta segunda-feira, 27, no canal público.

Foram abordados diversos temas com os jornalistas presentes, como seu estado de saúde (luta contra o câncer), política, reeleição e a administração da capital. A sabatina na TV Cultura durou 1h20 min.

Em determinado momento, Bruno Covas respondia sobre a composição de seu governo em ano de eleição, quando foi questionado pela apresentadora Vera Magalhães sobre a saída de João Cury, após 6 meses de gestão na pasta da Educação. O Prefeito de São Paulo citou de forma enfática a condenação de Cury para explicar a mudança.

“Ele teve uma condenação em 2ª instância, da qual ele acha que vai ganhar em 3ª instância, por isso continua a trabalhar comigo, mas eu não podia deixar cuidando da Secretaria de Educação, o maior orçamento da Prefeitura de São Paulo, alguém com uma condenação em 2º Instância”, disse Bruno Covas.

Ainda questionado pela jornalista se não serve para Educação, mas serve para outro cargo, Covas desconversou.

“Ele fica no meu gabinete me ajudando e não gere nenhum orçamento. Então não vejo problema ele continuar a trabalhar comigo”, colocou.

João Cury ficou apenas seis meses no cargo de secretário municipal da Educação, quando foi exonerado no dia 03 de julho de 2019. O ex-Prefeito de Botucatu assumiu a pasta da Educação paulistana em janeiro daquele ano, após o prefeito Bruno Covas (PSDB) exonerar Alexandre Schneider, que era o então secretário na gestão de João Doria (PSDB).

Caso Sangari, condenação citada por Covas

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou em abril de 2019 o ex-prefeito de Botucatu João Cury Neto e o Professor Narciso Minetto Júnior, ex-Secretário Municipal de Educação em Botucatu, no caso Sangari. A decisão de Segunda Instância fala em improbidade administrativa, ressarcimento aos cofres públicos e perda dos direitos político por 5 anos.

Ambos respondem pela contratação de uma metodologia de ensino de ciências, no ano de 2010, ainda na primeira gestão de João Cury frente ao Executivo botucatuense. A empresa em questão é a Abramundo Educação Ciência LTDA, que na época se chamava Sangari do Brasil.

Na oportunidade, a contratação foi formalizada com prazo de cinco anos, pelo valor de R$ 9.666.804,84 (nove milhões, seiscentos e sessenta e seis mil e oitenta e quatro centavos), ou seja, o maior contrato administrativo, para aquisição de bens ou serviços, já firmado pelo Município.

No curso do contrato foram realizados dois aditamentos, o primeiro em 06 de agosto de 2010, no valor de R$ 898.261,40 (oitocentos e noventa e oito mil, duzentos e sessenta e um reais e quarenta centavos) e o outro em 11 de maio de 2011, no valor de R$ 676.765,78 (seiscentos e setenta e seis mil, setecentos e sessenta e cinco reais e setenta e oito centavos). A contratação totalizou R$ 11.241.832,02 (onze milhões, duzentos e quarenta e um mil, oitocentos e trinta e dois reais e dois centavos). Em abril de 2012 houve a rescisão desse contrato, que foi denunciado ao Ministério Público do Estado.

Relembre

Caso Sangari: TJ condena João Cury e Minetto com perda dos direitos políticos e ressarcimento ao Município

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