Locais de vacinação em Botucatu terão fiscalização intensa
As Forças de Segurança de Botucatu atuaram fortemente no dia “D” de vacinação em massa da população. O dia escolhido foi o domingo, dia 16.
De acordo com representantes das Forças Policiais, a ideia é colocar uma viatura em cada ponto de vacinação. Serão ao total 45 escolas ou locais colégios eleitorais, com 303 “seções de vacinação”, mais pontos de apoio que devem receber quem não possui documentação necessária para comprovar domicílio em Botucatu.
“Já conversamos com o Prefeito, os Secretários. Estamos acompanhando aí as tratativas com relação ao transporte dessas vacinas, mas nós já temos um planejamento prévio, vamos montar a mesma estrutura que foi montada para eleição. Temos a perspectiva de que haja aproximadamente 50 pontos de vacinação na cidade, nas escolas, cartórios e seções eleitorais, além de quatros outros pontos que serão divulgados pela Prefeitura. Já estamos fazendo um planejamento para que cada local de vacinação tenha policial garantindo a segurança do cidadão que irá tomar essa vacina”, disse o Capitão Mariotto, comandante da Primeira Cia da Polícia Militar, em entrevista à rádio Criativa.
A Prefeitura ainda dará mais detalhes da ação durante a semana. “Estamos fazendo o planejamento para que se tudo der certo no próximo fim de semana a gente consiga auxiliar na vacinação em massa. Que tudo possa dar certo, que todos possam ser vacinados de forma ordeira, pois o planejamento está sendo feito para que tudo ocorra dentro da maior normalidade possível e rapidez. Queremos que a pessoa chegue e seja vacinada com segurança”, endossou Leandro Destro, comandante da Guarda Municipal.
O plano estratégico vai seguir os mesmos moldes de um dia de eleição, quando toda a população vai às urnas para escolher candidatos. Porém, dessa vez, ao invés de usar o dedo para votar, o cidadão mostra o braço e recebe a vacina.
Vai funcionar da seguinte forma:
1 – Cada cidadão se desloca para sua sessão eleitoral (escolas ou locais de votação)
2 – O eleitor/morador passará por uma triagem, com situação eleitoral, ou seja, portando seu título e documentos, comprovante de residência, entre outros pontos que ainda serão definidos para dar rigor ao processo.
3 – Aprovado em sua sessão eleitoral, o eleitor/morador ganha da Justiça Eleitoral uma identificação de autorização e vai até o local de vacinação, que deverá ser no mesmo local, ou seja, no pátio da escola ou local de votação, onde apresentará esse ‘passaporte’.
4 – Quem não vota em Botucatu ou não está apto com sua situação eleitoral, terá outro local para comprovar com demais documentos que realmente mora em Botucatu. O Ginásio Municipal foi o local escolhido.
5 – Forças de Segurança (Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal) deverão dar suporte em todos os locais de vacinação e coibir a presença de pessoas não aptas a receber o imunizante.
Um dado importante: A Justiça Eleitoral bloqueou as transferências de títulos durante o período de pesquisa e vacinação. Só serão válidos os pedidos já feitos em um período anterior ao da divulgação da vacinação em massa.
O estudo
A pesquisa foi aprovada pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e estará apta para começar em breve. As doses da vacina AstraZeneca/Oxford serão doadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) ao estudo.
O município tem cerca de 150 mil habitantes – 106 mil são maiores de 18 anos. Pelo projeto de vacinação em massa, todos esses serão vacinados, e os casos positivos na região, sequenciados. Com isso, será possível saber a efetividade da vacina produzida pela Fiocruz contra todas as cepas que circulam na cidade.
Trata-se de um estudo clínico muito complexo. A proposta de realização dessa pesquisa envolve o laboratório AstraZeneca, Universidade de Oxford, Fiocruz, Fundação Gates, Unesp/HCFMB, Prefeitura de Botucatu e Embaixada do Reino Unido.
Além da efetividade contra as variantes, a pesquisa servirá de subsídio para comparar o quão eficiente foi a vacinação em massa em relação aos outros municípios da região. Botucatu conta com uma unidade do Hospital das Clínicas da Unesp, o que faz do município um polo de referência em relação às localidades vizinhas.
O estudo terá uma duração estimada de oito meses, que incluirá a aplicação das duas doses e o acompanhamento da população que recebeu essas vacinas.
Veja também
Compartilhe esta notícia