Cadeia de Botucatu vive ameaça de resgate de presos

Polícia
Cadeia de Botucatu vive ameaça de resgate de presos 31 janeiro 2012

Mesmo estando, parcialmente, interditada, desde o ano passado, pela então juíza corregedora Adriana Toyano Fanton Furukawa (que hoje está em Sorocaba), a Cadeia Pública de Botucatu está vivendo momentos de tensão. Por força desta determinação judicial, com a interdição, a cadeia só poderia abrigar, no máximo, 120 presos, mas, atualmente (até as 14 horas desta terça-feira), está com 161 presos, divididos em dez celas. Isso sem falar que, originalmente, este presídio foi construído para alojar apenas 60 detentos.

Para aflorar ainda mais os ânimos, a Polícia Militar (PM) esteve durante toda manhã desta terça-feira (31) nas imediações do prédio da cadeia, pois chegou ao Serviço de Inteligência a informação de que dois presos seriam resgatados. Esses dois presos (Márcio Fonseca e Elivelton da Silva) vieram da região de Tatuí e são considerados de alta periculosidade, pertencentes a uma facção criminosa que atua nos presídios de São Paulo.

Dos 161 presos atuais que estão na Cadeia Pública de Botucatu, apenas três deles são da região. Os demais vieram de outras Cidades do interior paulista, principalmente, de Itapetininga, onde o presídio foi, totalmente, interditado. Durante toda manhã a PM permaneceu em alerta realizando patrulhamento pelas imediações da cadeia local, mas nenhuma pessoa suspeita foi detida para averiguação.

“Realmente esta informação (de resgate) chegou até nosso Serviço de Inteligência e fizemos o policiamento externo em apoio ? Polícia Civil, pois esta informação indicava até os carros que seriam utilizados para dar a fuga. Porém, nada de anormal aconteceu, mas continuamos em alerta para agir em qualquer eventualidade nesse sentido”, comentou o subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I), de Botucatu, major Marcelo Oliveira.

O diretor da cadeia e delegado adjunto da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Geraldo Franco Pires, enfatizou que a superlotação é um problema que existe em todos os presídios paulistas e a transferência de presos de outras cidades para Botucatu é uma rotatividade determinada pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

“Esses presos já vieram com suspeita de resgate de Tatuí e nós não podíamos recusá-los. Então, ficamos em alerta e, felizmente, nada aconteceu. Agora esses dois presos que são de alta periculosidade vão ser removidos de Botucatu nas próximas horas e não sei para onde vão”, salientou Franco Pires.

Sobre a superlotação ele foi taxativo. “Estivemos com nosso juiz Corregedor (Marcus Vinícius Bachiega) e ele informou que irá notificar a Procuradoria do Estado explicando a situação de Botucatu, já que uma determinação judicial vem sendo descumprida”, colocou o delegado. “Não estamos pleiteando que a cadeia fique com a lotação normal que seria de 60 presos, mas pedimos que o número não ultrapasse aos 120, obedecendo ao que determina a interdição parcial”, complementou.

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