Pesquisadores do IB participam de livro sobre micoses em animais

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Pesquisadores do IB participam de livro sobre micoses em animais 29 julho 2018

Os professores Sandra de Moraes Gimenes Bosco e Eduardo Bagagli, do Departamento de Microbiologia e Imunobiologia do Instituto de Biociências da Unesp – Câmpus de Botucatu, foram responsáveis por um dos capítulos do livro Emerging and Epizootic Fungal Infections in Animals (editora Springer). A publicação apresenta diversos capítulos de micoses nos animais, muitas delas de importante potencial zoonótico, como a esporotricose. O capítulo escrito pelos pesquisadores do IB Unesp é o Paracoccidioidomycosis in Animals and Humans, páginas 129-145.

De acordo com os docentes, as micoses, em geral, são doenças historicamente negligenciadas e tal fato acentua-se quando se trata da área da Medicina Veterinária. A expectativa é que obra ajude na divulgação dessas doenças nos animais e seus riscos de transmissão para humanos.

“Nossa linha de pesquisa, retratada no capítulo que escrevemos, tem como objetivo gerar conhecimento de qualidade (aspectos biológicos básicos e aplicados) dos fungos patogênicos importantes em nosso meio e na formação de recursos humanos”, esclarece a professora Sandra. “Esse livro cobre uma lacuna na área de Micologia Médica Animal, abrangendo também as Zoonoses (doenças compartilhadas com humanos)”, acrescenta professor Eduardo.

As micoses são doenças causadas por fungos que afetam tanto humanos como os animais (domésticos e silvestres). Na grande maioria dos casos, o diagnóstico das micoses é demorado, em parte pela negligência das infecções fúngicas, o que dificulta o estabelecimento de um diagnóstico precoce. “Quanto mais tardio é o diagnóstico, mais se compromete o prognóstico. O tratamento das micoses, principalmente subcutâneas e sistêmicas, ainda é bastante complexo, devido a pouca disponibilidade de fármacos antifúngicos, ao alto custo de alguns deles e ao longo período de tratamento”, observa Sandra.

De acordo com a professora, animais infectados atuam como reservatórios e são fontes de infecção para humanos. Sendo assim, frisa ela, conhecer melhor esses agentes e suas interações com os animais, além de identificar de qual(is) local(is) esses fungos são encontrados no ambiente, podem impactar positivamente na prevenção de novas infecções.

O convite para participar do livro

A ideia de escrever esse livro surgiu durante o XIX Congresso da ISHAM, realizado em Melbourne, Austrália, em 2015, numa das seções do Grupo de Estudos em Micologia Veterinária. Os editores da publicação convidaram vários pesquisadores no mundo para contribuir, entre eles os docentes do IB/Unesp. O professor Eduardo Bagagli foi chamado por ser considerado referência em estudos ecológicos do fungo Paracoccidioides brasiliensis, um dos agentes causadores da Paracoccidioidomicose. O convite, então foi estendido também à professora Sandra, por sua experiência na área.

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