Em SP, 1.600 presos não voltaram para cadeia após ‘saidinha’ de fim de ano

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Em SP, 1.600 presos não voltaram para cadeia após ‘saidinha’ de fim de ano 08 janeiro 2021

A saída temporária de Natal e Ano-Novo de presos paulistas, a única ocorrida em 2020 por causa da pandemia da Covid-19, registrou aumento de quase 14% de detentos que não voltaram para a cadeia em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), gestão João Doria (PSDB), dos 31.538 detentos aptos para saírem temporariamente da cadeia, no fim do ano passado, 1.693 não voltaram. Na mesma data de 2019, foram 1.487, representando alta de 13,8%. O retorno dos detentos deveria ter ocorrido até a última terça-feira (5).

O número de presos que não voltaram da única “saidinha” de 2020 ultrapassa a população carcerária da Penitenciária 2 “José Aparecido Ribeiro”, em Franco da Rocha. Segundo a mais recente atualização da SAP, na quarta-feira (6), a unidade da da Grande São Paulo contava com 1.565 presos, para 1018 vagas.

Presos condenados do regime semiaberto, com bom comportamento, podem ser beneficiados pela saída temporária, segundo a Lei de Execuções Penais. Eles podem ficar fora das grades na Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Natal e Ano-Novo, além de “outras datas”, não especificadas.

Os detentos que não retornam ao cárcere são considerados foragidos, segundo a SAP, e regridem automaticamente ao regime fechado para cumprir o restante de suas condenações, caso recapturados.

Por causa da pandemia da Covid-19, a SAP afirmou ter orientado os presos beneficiados pela “saidinha” para manterem cuidados de higiene e de distanciamento ao saírem da cadeia.

Os detentos que retornam ao sistema penitenciário, acrescentou a pasta, passam por um “período de isolamento, visando monitoramento das condições de saúde.”

Segundo boletim da SAP, desta sexta-feira (8), desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 35 presos e 34 servidores por causa do novo coronavírus.

Testaram positivo, pelo exame PCR, 1.065 detentos e 1.349 funcionários da SAP. Pelo teste rápido foram positivados 10.423 e 873 casos, respectivamente.

Fonte: Agora São Paulo

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