Produtores de Botucatu ajudaram a tirar de circulação 906 embalagens de agrotóxicos em pontos de coleta montados na Colônia Santa Marina e Secretaria Municipal de Agricultura. Todo o material foi encaminhado à Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas do Estado de São Paulo (Adiaesp), em São Manuel, onde fica a Central de Recebimento de Embalagens.
Na sequência o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) cuida de toda logística do sistema de destinação destes materiais, seja para reciclagem ou incineração. Em 2014, o total recolhido em Botucatu foi de 1.066 embalagens.
Esta iniciativa é uma alternativa aos agricultores que têm dificuldades para realizar a devolução desse tipo de material, que por lei deveria ser feita no local onde o mesmo foi comprado. Vale lembrar que o artigo 33 da Lei Federal 12.305, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, obriga aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
“Percebemos que houve uma leve diminuição no material recolhido, o que está muito associado à crise econômica. Como é um insumo caro, o agrotóxico pesa nas despesas do agricultor que tem procurado novas alternativas para manter a produção. Já para o meio ambiente, esta campanha é importantíssima porque dá a destinação correta de um material que poderia contaminar o solo, os rios e consequentemente o ser humano”, destaca Fernanda Bernardi, diretora do Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente.
Em Botucatu, a campanha de Coleta Itinerante de Embalagens Vazias de Agrotóxicos contou com a parceria das Secretarias de Meio Ambiente, Agricultura e Obras, além da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). De 2009 até este ano, mais de 20 mil embalagens já foram recolhidas por este mesma ação.
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