O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), por meio de sua Unidade Especial de Saúde Sustentável (UESS), publica nesta terça-feira, 21, a sexta matéria da série sobre a Covid-19 e o meio ambiente, mostrando alguns desafios e caminhos para melhorar a sustentabilidade do planeta pós-pandemia.
Neste momento da História, a humanidade passa por duas ameaças globais: a pandemia do novo coronavírus e a crise climática, que trazem diversos riscos para a saúde. O que podemos fazer em prol do nosso planeta?
Como já citado em matérias anteriores, o lixo produzido colabora negativamente para as mudanças climáticas e, por isso, é necessário reduzi-lo e descartá-lo de forma adequada. Dentro de muitas casas, existem materiais como pilhas e baterias, que não devem ser descartados no lixo comum por conterem metais pesados, tóxicos, corrosivos e reativos, como mercúrio e chumbo, por exemplo. “Estes materiais podem se acumular no ser humano em vários locais (rins, medula óssea, cérebro, fígado, sistema nervoso e ossos), causando disfunções renais, distúrbios neuropsiquiátricos, osteoporose, além de prejudicar o desenvolvimento de fetos”, aponta Prof.ª Karina Pavão, coordenadora da UESS do HCFMB.
No quesito ambiental, Prof.ª Karina afirma que, quando pilhas e baterias são descartadas no lixo comum, elas podem oxidar e ter seu cilindro rompido, liberando metais pesados que, misturados ao chorume do lixo, penetram no solo e atingem o lençol freático, riachos e córregos, contaminando também plantas e alimentos. “Uma pilha descartada irregularmente pode contaminar o equivalente a 20 mil litros de água. No entanto, quando descartadas e recicladas corretamente por empresas certificadas, consegue-se reaproveitar quase 100% de seu material”, destaca.
Pensando neste problema, em 2018, a UESS do HCFMB iniciou o Projeto Papa Pilhas, com a implantação de ecopontos feitos de materiais sustentáveis em lugares estratégicos do Hospital, para a coleta correta de pilhas e baterias. “Estabelecemos uma parceria com a Secretaria do Verde de Botucatu e levamos para lá todos os materiais recolhidos no HCFMB. A Secretaria faz a destinação correta via empresa certificada no programa da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), que consegue reciclar quase 95% dos materiais. Para 2020, pretendemos fortalecer o Projeto para que mais pessoas possam se conscientizar da importância do descarte correto de pilhas e baterias”, finaliza Renata Camargo, integrante da UESS.
E você? Como vem descartando suas pilhas e baterias usadas?
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