Hidreley Leli Dião contou que começou com o projeto inspirado em outros artistas, mas aprimorou a técnica para deixar os personagens cada vez mais reais. Artista explicou que para concluir o projeto leva em torno de duas horas.
Um morador de Botucatu tem conquistado seguidores e muitos cliques, ganhando destaque internacional, depois de começar a dar um rosto humano a personagens com suas recriações digitais.
O artista Hidreley Leli Dião decidiu não ficar apenas na imaginação e “deu vida” a personagens da história e também animados utilizando softwares e inteligência artificial.
Ao g1, o jornalista e empresário Hidreley contou que também é colaborador de uma revista digital há quase 5 anos. Por isso, a rotina é voltada para descobrir novas narrativas e relatá-las aos leitores.
Entre essas histórias, está a de artistas que descobriram na inteligência artificial uma forma de trazer um “novo olhar” para pinturas antigas e estátuas, com traços realistas. Com o trabalho desses criadores, Hidreley diz que desenvolveu sua técnica de criação.
“Comecei a estudar a inteligência artificial, fiz pesquisas e tive a ideia de fazer algo diferente: fazer as estátuas e pinturas antigas, mas como se eles vivessem nos dias de hoje, como se você pudesse se encontrar com eles no supermercado. Esse é o meu projeto. Olhar para essas caricaturas e imaginá-las em ‘carne e osso’”, explica.
Hidreley diz que conseguiu absorver e entender o processo de criação em seis meses e revela que usa em seu “esquema próprio” de criação quatro aplicativos, entre eles o Photoshop e aplicativos no celular.
“Me desafiei a fazer algo que outros artistas estavam fazendo, mas da minha forma. Peguei o jeito de um aplicativo, de outro e deu certo”, relembra.
Processo de criação
Original e inovador, o projeto do artista botucatuense é destaque internacional. Tanto que Hidreley comemora ao lembrar que a arte já foi tema de artigos. O artista não se contentou com apenas trazer vida a estátuas e direcionou o projeto aos tão famosos personagens da Disney.
“Fiz dois personagens, o Moe de ‘Os Simpsons’ e o Aladin, e postei no meu Instagram. Até então, eu tinha 8 mil seguidores, mas o pessoal gostou muito, foi comentando sugestões e eu acolhia e criava o que me pediam. Quando me dei conta, tinha umas 20 novas imagens e novos seguidores. Em duas semanas, muita plataforma grande me procurou para entrevistas e eu estava com mais de 50 mil seguidores”, comemora.
O que o artista mais lê nos comentários de postagens são afirmações como “isso é gente de verdade” ou “isso é fotografia”. Mas ele insiste em dizer que as produções são frutos da inteligência artificial, estudo e dedicação.
Criação de personagens
Sobre o processo de criação, Hidreley comenta que tem “olhar artístico” para cada arte que se propõe a transformar. Para começar, ele procura rostos em banco de imagens que tenham traços semelhantes aos personagens que quer recriar.
Sobre o processo de criação, Hidreley comenta que tem “olhar artístico” para cada arte que se propõe a transformar — Foto: Hidreley Leli Dião /Arquivo Pessoalhttps://35fcf3cad606afeb468e54386ec9936e.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Em seguida, após a escolha da imagem base, o personagem que ganhará vida é sobreposto no Photoshop. A partir disso, o artista monta o rosto real em, no máximo, 50 minutos.
“Estica daqui, estica dali, procuro fontes de cabelo, e por aí vai. Muitas vezes achar uma foto no banco de imagens demora muito mais do que o próprio processo digital. Levo em torno de uma hora para encontrar um rosto e uns 50 minutos no máximo para recriar. No total, são umas duas horas para concluir”, finaliza.
Como exemplo, Hidreley mostra o processo para criar o rosto real do Bruno, personagem do filme Encanto da Disney e que foi um dos projetos mais pedidos pelos seguidores. O rosto base, do banco de imagens de domínio público iStock, é um homem com tom de pele claro e olhos claros.
Para o artista, basta “sentir que irá funcionar” e que o personagem irá se adequar ali como ponto de partida para iniciar a criação.
Fonte: g1
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