Estamos no Ano do Senhor de Dois Mil e Dez.
E prosseguimos no desvendar dos misteriosos arcanos da antiguidade, onde o nascedouro da escrita em suas línguas primitivas, muitas já consideradas línguas mortas; foram sendo desvendados e elucidados.
Dentre as línguas mortas, ou seja, aquelas que com a mudança e avanço cultural foram caindo no desuso e no esquecimento por uma razão ou outra; estão o Koinê que é o grego comum, ou seja, como chamamos o grego do novo testamento e o Latim que é a língua romana a qual muitos escritos proibidos na idade média foram produzidos nessa língua.
No meio popular comum pouco se houve a respeito de traduções da Bíblia.
Entramos quando se trata desse assunto na esfera dos achismos.
Um acha isso, o outro acha aquilo e um terceiro acha outra coisa totalmente diferente dos dois primeiros, mas qual é a verdade?
A mitologia é uma ferramenta auxiliar na história e na religião dos povos.
Vejamos então:
A Bíblia; na realidade são texto ou fragmentos destes colecionados no Antigo ou Velho Testamento aparecendo em duas línguas – HEBRAICO E ARAMAICO.
O GREGO no Antigo Testamento surgiu de uma tradução histórica para uns e lendária para outros, chamada de Septuaginta, ou a tradução dos setenta.
Esses setenta na realidade – se podemos dizer assim, segundo as Antiguidades Judaicas de Joséfo, foram na realidade 72 e não foram quais quer copistas sem reputação; foram setenta e dois sábios judeus que zelosamente fizeram a tradução de seu livro sagrado, objetivando compor a famosa Biblioteca de Alexandria, no Egito.
Demétrio Falero era o nome do diretor da Biblioteca e por ordem de Ptolomeu II (Filadelfo), filho Ptolomeu Soter, rei do Egito trabalhava com extremo cuidado para reunir de todos os lugares do mundo dignos da honra de comporem a Biblioteca real. Dentre estes estava a Lei dos Judeus e foram escolhidos seis sábios de cada tribo de Israel para cumprirem tal tarefa de tradução.
Assim sendo 6X10 = 60, 6X2 = 12; 60+12 = 72.
Temos então se foram enviados de Israel 6 sábios de cada tribo para traduzir do Hebraico para o Grego as Leis Judaicas, já são 72 e não setenta, a Septuaginta.
Aí é que nasceu a primeira tradução da Bíblia.
O Novo Testamento já era em Grego.
Temos então se juntarmos o primeiro trabalho de tradução a língua já redigida na época da igreja primitiva teremos uma Bíblia em Grego, Koinê.
A Biblioteca de Alexandria teve suas dependências arrasadas pelo fogo e se tornou lendária na história antiga.
Pr. Murilo Mendes Maciel
Teólogo OTIB nº44