O trânsito caótico e as soluções que não existem

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O trânsito caótico e as soluções que não existem 11 julho 2012

O trânsito está cada dia mais caótico. Nas grandes metrópoles como São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro, o cidadão demora de uma a duas ou mais horas para chegar ao destino.

Nas estradas o retrato é ainda mais obscuro. Com as rodovias abarrotadas de carros, os acidentes tornam-se constantes e um feriado simples, pode se transformar em tragédias banhadas a sangue e pedaços de corpos pela pista.

São bêbados, drogados e motoristas mal preparados que agem de forma irracional e aumentam cada dia mais a macabra estatística de mortes. As leis brasileiras são uma piada ? parte e nada resolvem para coibir os abusos.

Recentemente o ator Marcelo Novaes, o Max da novela Avenida Brasil, foi flagrado dirigindo alcoolizado pelas ruas do Rio de Janeiro. A pena imputada pela justiça foi tão ridícula quanto a atitude do mesmo. Uma fiança estipulada em pouco mais de 950 reais. As leis desse país tiram verdadeiro “sarro” de nossa cara e humilham e envergonham o cidadão de bem.

Em contrapartida a tudo isso que estamos acostumados a contemplar nos noticiosos, agora somos obrigados a suportar as notícias que a redução do tal IPI, aqueceu, e muito, o mercado automobilístico e as vendas vão de vento em popa.

Famílias que deveriam ter consciência ambiental, adquirem veículos para cada membro da casa. Nos dias de hoje a filhinha queridinha do papai, não pode ser simplesmente levada pelo mesmo até o clube. Ela tem que ter seu próprio carro, senão surta. Algumas residências chegam ao absurdo de terem quatro ou cinco veículos guardados na garagem e ? s vezes para três membros da mesma.

Onde está a preocupação com o meio ambiente do governo e indústrias automobilísticas? Com certeza no bolso.

Deveria existir uma limitação do número de veículos por família. Os governantes deveriam estipular prazo para trocar de carro. E lógico, o sistema de transporte coletivo, por obrigação, teria de ser melhorado e muito.

Hoje em dia o povo é obrigado a conviver com ônibus lotado, atrasos e um sistema de metrô que é ridiculamente duas vezes menor que Londres. Não há incentivos para a utilização dos meios de transporte público. O preço do diesel desanima os empresários do setor e as passagens estão caras.

Existem lugares que por mais incrível que se possa parecer, ir de carro para o trabalho, compensa financeiramente muito mais que ônibus.

Veículos são ferramentas de trabalho indispensáveis e não podem faltar. Mas o exagero é erro imperdoável, principalmente nos dias atuais.

Não adianta fazer campanhas educativas de consciência ambiental ou reuniões chulas como a RIO+20. Nunca nós iremos sentir o impacto de uma melhora significativa no meio ambiente, se não houver mudanças radicais.

O índice de desemprego só aumenta no mundo, porque existe ganância dos empresários. Nenhum dono de empresa está disposto a sacrificar seu conforto para empregar um funcionário a mais. Em contrapartida os mesmos empresários são vítimas de governos sedentos de sangue, quer sugam até o último centavo em impostos e aniquilam qualquer perspectiva de crescimento.

Viver nos dias de hoje é conviver com incertezas e selvageria. A natureza é vítima da ganância e nunca será encontrado um meio para melhora.
Se você quer realmente proteger o meio ambiente, comece dando sete voltas em torno de sua casa. Comprove que não existem exageros em sua vida. Sacrifique alguns confortos que se julgue sem necessidade.

Que tal evitar por algum tempo aquele churrasco com os amigos? Os animais assassinados em massa agradecem. Vamos pensar em desfazer-se de um de seus veículos? Nossos pulmões e trânsito vão melhorar mais.

O que foi? Você está dando risada e achando que sou um idiota em fazer pedidos absurdos desses? Se este é seu pensamento, apenas afirmo que minha matéria não está errada. Viu como os problemas ambientais não têm solução?

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