Outro dia uma pessoa me disse que estava inconformada com as chuvas…
Que isso ou aquilo e me coloquei a pensar como o ser humano é um eterno insatisfeito…
Se não chove é porque não chove e se chove é porque estraga seus planos…
Quando é que entenderemos que as coisas não são como queremos e sim do jeito que o Senhor quer e sempre será uma resposta àquilo que perguntamos ou fazemos?
Nosso hoje depende do ontem e por isso se faz urgente acertar o hoje imediatamente… Antes que o amanhã chegue e nem percebamos.
Não podemos colher lindas hortaliças se não a semeamos e se a semeamos, mas não cuidamos…
Quero que Deus me abençoe, mas vivo amaldiçoando…
Quero união, mas semeio a divisão…
Quero amor, mas sou fonte de ódio…
Quero esperança, mas sou um poço de fechamento em mim mesmo…
Se não consigo as coisas ou o carinho das pessoas já me coloco de prontidão para “detonar” a bomba que joga o outro ao chão…
Pois é… Nossa insatisfação muitas, ou quase sempre, das vezes, nos leva a fechar as portas Àquele que quer nascer em nós e nossa “manjedoura” continua um cocho e não um verdadeiro berço onde o Criador quer se fazer carne e habitar entra nós.
Porque será que nos fechamos assim?
Porque será que nosso orgulho e empáfia nos leva a tamanhas lutas sociais?
Porque será que queremos um mundo irmão, mas semeamos tanta discórdia entre nós?
Sabe que não sei!
Talvez até tenha as respostas certas para tais indagações; mas acho que nossa insatisfação pessoal, que se torna coletiva, vem por conta de nosso grande e pecado original que nos levou a nos afastar de Deus pela desobediência, como nos diz o Catecismo da Igreja Católica ao número 397 e esta falta de confiança no Criador nos levou a viver (parece) que este medo “tonto” que temos que manter nosso status ou seja lá o que for.
Creio que nossa insatisfação com quase tudo, muitas vezes a começar de nós mesmos (por exemplo, não gosto de minha barriga e por isso a escondo sempre de mim mesmo com minha camiseta) nos leva a querer que os outros sejam como eu quero e não como deve ser ou como semeio. Por exemplo: se tenho barriga é porque não me cuidei e, portanto acabo por tê-la… E assim por diante.
Creio que a more que entra na nossa história advém do fato de nunca estarmos satisfeitos com o que temos; não que eu tenha que estar sempre querendo mais, mas que devo aprender até onde ir e como ir.
Bom, procurando a satisfação de estar vivo e aqui para algo novo e melhor… Com um beijo de jesus, pelos lábios de Maria e José:
Pe. Delair Cuerva,fmdp
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