Muitos são os ditos populares que me levam a aprender mais e mais sobre a vida e me levam a meditar um pouco mais nas coisas que devemos fazer e que temos que fazer.
Ouço o dito… a vaca vai pro brejo e me pergunto: o que faço para não ir pro brejo da vida… O que faço para que o mundo seja melhor e não o afunde mais nos brejos encontrados no nosso dia a dia?
Ouço o dito… agora Inês é morta e me coloco a pensar se muitas vezes não beijo os anéis dos defuntos da vida tal e qual a tal Inês de Castro da história que foi desenterrada para que fosse reverenciada pela coorte porque não era sofisticada quando viva e fico imaginando como a gente não valoriza as pessoas em vida e deixamos para reverenciá-las somente depois de irem para a eternidade.
Ouço o dito… quem fala demais dá bom dia a cavalo e fico pensando como a gente fala, não é verdade? Ainda bem que fomos criados com uma boca e duas orelhas… Talvez pra lembrarmos de falar menos; mas muitas vezes falamos tanto que acabamos falando aquilo que não deve e acabamos, por vezes, destruindo pessoas amigas ou criando inimizades diante de nossa língua afiada.
Ouço o dito… diga-me com andas e lhe direi quem és, mas me coloco a pensar se assim fosse o Cristo seria o pior ser que pisou nesta terra, pois andou com prostitutas, pecadores e todo tipo de gente de má fama… Por vezes, se não tivermos a cabeça boa podemos sim nos contaminar, mas, se formos melhores em meio aos piores os poderemos contagiar para o bom caminho… Portanto podemos ser a laranja melhor em meio ? s piores contrariando o dito uma laranja podre estraga as outras… Assim sendo só depende de nós…
Ouço o dito… cão que late não morde, mas eu que não vou colocar a mão na boca dele… (risos) e me coloco a pensar que não preciso cutucar as pessoas… Não preciso fomentar a discórdia para ver o circo pegar fogo… Não preciso fazer uma pessoa se voltar contra a outra. Não preciso duvidar do mal que teima em habitar em nosso peito e que nos leva a avançar sobre os outros… É… Tomemos cuidado com o cão que ladra dentro de nós.
Ouço o dito… a boca fala do que o coração está cheio e me coloco a pensar que muitas vezes soltamos pelos lábios aquilo que está escondido em nosso coração, pois muitas vezes, na hora do nervosismo, somos aquilo que realmente somos e deixamos sair aquilo que realmente sentimos… Parece que precisamos estar fora de nós para dizer o que realmente sentimos… Não podemos mascarar nossa vida… Temos que ser quem somos para sermos amados como somos!
Ouço o dito… cavalo dado não se olham os dentes e fico pensando como somos egoístas e orgulhosos para querermos ter e ser aquilo que não temos e não somos e queremos sempre mais e, por vezes, aquilo que não merecemos…
Fico sempre emocionado com as coisas que ganho, mesmo que sejam simples, pois as pessoas só presenteiam a quem amam. O que importa é o sentimento, o gesto e não o presente mais valioso… O que importa é o coração com emoção e não o presentão por aparecer… Saibamos ser gratos, pois é nossa gratidão que vale.
Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José pensemos nos ditos que são ditos para não serem mal ditos…
Pe. DelairCuerva,fmdp
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