Baixo número de pessoas que estão em isolamento em Botucatu, segundo pesquisa
A Prefeitura de Botucatu apresentou na tarde desta sexta-feira, 03, um estudo que mostra números do chamado isolamento social durante a pandemia do coronavírus. Os dados apresentados não condizem com o posicionamento que a administração vem tomando junto com o Hospital das Clínicas, seguindo orientações no Ministério da Saúde e OMS.
A iniciativa da pesquisa é do Infectologista Julio Croda, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde. O trabalho está medindo o isolamento social através do monitoramento de sinais de celulares.
Foi detalhado um mapa feito após o rastreamento dos aparelhos em toda a cidade nas últimas semanas e os números são desanimadores. Pelo estudo, há uma intensa movimentação dos aparelhos no município, apesar das medidas adotadas, como fechamento do comércio, escolas, entre outros pontos.
Basicamente, de uma forma lógica, a concentração de celulares parados (ver mapa abaixo) mostra a parcela que está respeitando o isolamento. Já o gráfico que indica deslocamento, traduz o grupo que não está respeitando a quarentena.
Números do isolamento
Segundo a pesquisa, apenas 46% dos celulares se comportam no rastreamento como se estivessem em um único local, ou seja, isolamento social. Já os celulares que se movem constantemente indicam, na teoria, que 54% da população não está em quarentena ou isolamento social.
Para termos comparativos, enquanto em Botucatu a taxa de isolamento social é de 46%, na capital paulista esse número sobe para 59%. A maior cidade do Brasil tem mais de 12 milhões de habitantes e Botucatu aproximadamente 146 mil.
É consenso entre pesquisadores e técnicos da Secretaria de Saúde do Estado que a menor adesão do interior ao isolamento reflete uma falsa sensação de segurança. No entanto, em todo o estado, internações por doença respiratória grave cresceram 5 vezes em relação ao mesmo período de 2019.
É claro, que o estudo é apenas uma base, não totalizando a população. Apesar disso, os dados mostram que seguramente o pedido do famoso bordão “fique em casa” não surtiu o efeito desejado na maior parte da população.
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