Comércio de Botucatu pode parar se acordo não for assinado

Cidade
Comércio de Botucatu pode parar se acordo não for assinado 18 fevereiro 2016

Uma grande carreata tomou as ruas de Botucatu no final da manhã desta quinta feira (18). O evento foi organizado pelo Sincomerciários de Botucatu, com a adesão de diversas regionais do Sindicato que representa os empregados do comércio. No total eram 60 veículos e caminhões de som.

A manifestação foi reforçada por outras siglas sindicais como a União Geral dos Trabalhadores (UGT). Com bandeiras, bunizaço e panfletagem, os manifestantes entraram na cidade pela Rodovia Castelinho, desceram a Rua Amando, percorreram diversas vias comerciais, até a concentração no Largo da Catedral.

Por se tratar de um horário crítico na mobilidade de Botucatu, o trânsito ficou complicado. O carro do prefeito Municipal João Cury ficou preso no engarrafamento entre as ruas Velho Cardoso e Amando de Barros. O fato não passou despercebido pelo carro de som que chegou a falar que o chefe do poder executivo não estava ao lado dos trabalhadores. A maior parte dos manifestantes era de fora.

Fátima Baldini era constantemente criticada nos microfones. O tom se tornou mais intenso quando a carreata passou em frente à loja da Presidente do Sincomércio na Rua Amando de Barros. Os manifestantes repetiam, entre outros termos, que só Botucatu não havia assinado a convenção.

O Presidente do Sincomerciários de Botucatu Carlos Negrisoli conversou com a reportagem do Acontece Botucatu, e explicou o motivo da manifestação. “Escolhemos a data de hoje, pois estamos próximos do fechamento da folha do mês de fevereiro. Se não assinarmos agora, os trabalhadores não irão receber o aumento no quinto dia útil de março”. Colocou Negrisoli.

O Sindicato pede 9,8% de aumento, mas não há entendimento entre empregados e classe patronal. Se não houver a assinatura nos próximos dias, o comércio poderá parar segundo Negrisoli. “Vamos ver qual o próximo passo. Poderemos organizar uma paralisação geral do comércio, parando Rua Amando, Pão de Açúcar, Shopping e demais estabelecimentos”, colocou o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Botucatu.

Carros dos sindicatos na Amando

Carros dos sindicatos na Amando de Barros

Posição do Sincomércio

A reportagem do Acontece Botucatu fez contato com a presidente do Sindicato Patronal do Comércio Varejista, o Sincomércio. Fátima Baldini explicou que não concorda com esse tipo de manifestação.  “Existe o livre direito de manifestação. O que não pode é usar de agressividade e ofensas. No caso desta manifestação, penso que o Carlos Negrisoli, não está preocupado com os comerciários, pois se assim fosse, já teríamos assinado em setembro de 2015.  Penso que ele armou todo este aparato para tirar do foco do grave problema que ele está enfrentando na justiça e que está escancarado na mídia”, criticou Fátima.

Sobre a possibilidade de um acordo rápido na convenção, Fátima Baldini disse que existem muitas possibilidades, mas é preciso acertar alguns detalhes, como a jornada de 25 horas. “A jornada 25 horas está na CLT art 58A, só que não podemos contratar porque o sindicato de empregados coloca empecilhos. Ainda temos que acertar os detalhes da Contribuição assistencial dos empregados, já que a Contribuição confederativa está proibida (pelo TAC assinado com o Ministério Público do Trabalho) de ser colocada na Convenção Coletiva de Trabalho. São detalhes que precisam ser resolvidos juntos”, disse.

Aumento para o funcionário  

Carlos Negrisoli diz:

“A classe dos empregados do comércio está lutando pelo aumento de 9,88%. Se não for assinado agora nos próximos dias, o funcionário não vai receber o aumento no mês de março. Tem muito funcionário que precisa desse aumento, que espera por esse reajuste.

 

 

 

 

Fátima Baldini diz:

“Ele prometeu aos funcionários do comércio que o aumento seria de 9,88% + 2,5%, isto é, 12,38% de aumento. Prometeu vale refeição de R$ 23,00 por dia, entre outras coisas. O que minha assembléia me autorizou foi o 9,88% com as modificações que são necessárias. Ele só promete e depois diz que está lutando pela classe. Ele já foi empresário, sabe que o país atravessa um momento muito difícil”, colocou Fátima. 

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