Em primeira mão: Aprovado pela Arsesp, licitação para construção de represa em Botucatu pode sair na próxima semana

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Em primeira mão: Aprovado pela Arsesp, licitação para construção de represa em Botucatu pode sair na próxima semana 07 fevereiro 2019

A Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) deu sinal positivo nesta quinta-feira, dia 07, para que a Sabesp assuma completamente a represa do Rio Pardo, em Botucatu. Com isso, o edital de licitação para a construção pode sair na próxima quarta-feira, dia 13.

A informação foi obtida pelo Acontece Botucatu, em conversa telefônica com o Prefeito Mário Pardini, nesta quinta-feira, dia 07. O chefe do Executivo esteve hoje em São Paulo para uma reunião com o Presidente da Sabesp, Benedito Braga.

A pauta, claro, foi o financiamento da barragem por parte da empresa de Saneamento Básico, com um aditivo contratual com o município. Vale lembrar que o contrato da Sabesp com o Município foi renovado em 2010, na gestão do então Prefeito João Cury.

Basicamente o adito em contrato vai inserir no cronograma da Sabesp uma obra que não estava incluída no contrato de renovação assinado em junho de 2010, com duração de 30 anos. Essa é a última etapa de uma intensa agenda que culminou com essa liberação da Arsesp.

Pardini: A Arsesp se manifestou hoje favoravelmente ao aditivo contratual com o município

A construção da barragem de água está orçada em aproximadamente R$ 50 milhões e as desapropriações de terra giram na casa dos R$ 12 milhões, valores que serão assumidos pela Sabesp. Por não estar em prevista em contrato, esses valores serão discutidos derradeiramente pela empresa na próxima semana.

“Acabei de ter uma reunião com Presidente da Sabesp, Benedito Braga. A Arsesp se manifestou hoje favoravelmente ao aditivo contratual com o município, incluindo a barragem como necessidade de construção pela Sabesp e que esse edital, em função do valor de R$ 62 milhões, incluindo o custo de desapropriação, será discutido. Importante salientar essa questão, pois as pessoas vão pensar que aumentou o valor da obra e não é isso, uma coisa é o valor da obra, outra é o valor das desapropriações que foram arcadas pela Sabesp. Por isso, o assunto será avaliado pela Diretoria da Sabesp na próxima quarta-feira”, disse Pardini em conversa com o Acontece Botucatu.

Nos bastidores se comenta que é certo que o Presidente Benedito Braga irá autorizar a publicação do edital. Isso inclusive foi dito pelo próprio Braga ao Prefeito Municipal de Botucatu.

“Mais do que nunca, mais uma vez, estamos sendo pioneiros em políticas públicas, seja de saneamento, seja de saúde, seja em relação a importância dessa obra de infraestrutura, estamos saindo na frente dos demais municípios. É certo que seja ano ou em um próximo, teremos mais uma severa crise hídrica, igual aquela de 2014, só que dessa vez Botucatu estará preparada”, colocou Pardini durante ligação do Acontece Botucatu.

O projeto

O objetivo é construir uma barragem em uma área na região da cachoeira Véu de Noiva, um dos locais públicos mais acessados de Botucatu. O complexo recebe as águas do Rio Pardo, que abastece a maior parte de Botucatu e região.

De acordo com informações passadas ao Acontece Botucatu, essa barragem iria funcionar como um grande reservatório de água bruta. Dessa maneira, estaria garantido o abastecimento em períodos de estiagem ou crises hídricas, como a vivida em 2014/2015.

A primeira função dessa barragem será de abastecimento público, mas a represa terá múltiplos usos. Ela poderá ter a vazão regularizada para que produtores rurais utilizem a água para suas produções e colheitas, segundo o projeto.

As indústrias também poderiam ser beneficiadas. Assim se evitaria cenários como em 2014, quando a Duratex deixou de produzir durante três dias, pois não tinha água para resfriar suas caldeiras.

A barragem terá uma vazão de 1000 litros por segundo. Isso significa mais que dobrar a capacidade de produção de água de Botucatu mesmo em períodos de crise hídrica. Isso permitiria a utilização para o seu quarto objetivo, o turístico, que poderia gerar renda para o município, como ocorre com as represas Billings e Guarapiranga em São Paulo.

 

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