Projeto contra o tracoma diagnostica 90 casos positivos

Saúde
Projeto contra o tracoma diagnostica 90 casos positivos 15 setembro 2011

Em nova ação integrante do Projeto Tracoma em Botucatu, cujos resultados foram apresentados dia 13 de setembro pela Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), em parceria com as Secretarias de Estado e Municipal de Saúde, constatou 90 casos positivos da doença- que pode levar ? cegueira- em crianças da Rede Municipal de Ensino e familiares.

Dessa vez, mais de 180 pessoas receberam instruções sobre a doença, altamente contagiosa que leva ao comprometimento das córneas. Causada por uma bactéria, provoca fotofobia, dor e lacrimejamento que pode fazer com que seu portador perca a visão. Sua transmissão pode ocorrer pelo contato direto com os olhos contaminados ou secreções.

Realizada no Salão Nobre da FMB, a ação consistiu em uma palestra informativa sobre a doença, proferida pela médica Roberta Lílian de Sousa. A especialista explicou sobre os meios corretos para a prevenção do problema e a importância da família realizar os exames necessários caso alguma criança esteja com sinais da doença.

Os sintomas do tracoma podem ser os mesmos de conjuntivite ou irritação ocular: pálpebras inchadas, corrimento nos olhos e inchaço dos nódulos linfáticos próximos ao ouvido. Para quem tiver diagnosticada a doença, o tratamento ocorre através de antibióticos e pode ser evitada com correta higiene dos olhos e mãos.

Logo após a palestra, foram realizados novos exames contra o tracoma nos presentes. Os casos positivos receberam medicação e serão reavaliados novamente em dezembro. “A doença em Botucatu está em 3% da população avaliada dentro do que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda que sua incidência seja inferior a 5% da população“, ressaltou Roberta Sousa.

O projeto terá sequência no início de 2012, com a convocação de crianças e familiares que não estiveram presentes na ação realizada na última terça-feira. Também serão avaliados pela equipe do projeto os locais com maiores incidências da doença e as condições sociais e de infra-estrutura. “A doença está condicionada diretamente, além das condições de saneamento e higiene”, complementa a médica.

Fonte: Flávio Fogueral
Jornal da FMB

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