A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) resgatou nesta quinta-feira (23), no Jardim Ipê, região Norte de Botucatu, mais uma serpente da espécie jibóia (não peçonhenta). Ela transitava por uma via e foi colocada em uma árvore por populares. Como havia a suspeita de que esta serpente poderia ter sido atropelada, a VAS encaminhou a mesma para ser avaliada pelo Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas) da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp de Botucatu.
Esta é a décima serpente capturada em Botucatu apenas neste ano. Em 2013 foram 70, sendo que 40% eram jibóias. Valdinei Moraes Campanucci da Silva, supervisor de serviços de saúde ambiental e animal da Secretaria Municipal de Saúde afirma que animais desta espécie são muito comuns no Município, principalmente em bairros da região Norte que são cercados por áreas verdes e matas, mas não oferecem risco ao homem.
As jibóias são carnívoras e não venenosas. Em seu cardápio encontram-se aves e roedores de pequeno ou médio porte, lagartos grandes, outras serpentes e mamíferos de pequeno porte. Têm hábitos noturnos, mas eventualmente agem durante o dia, informa.
{n}Equilíbrio ? natureza{/n}
Ainda segundo Campanucci, as serpentes (mesmo as peçonhentas) são animais silvestres protegidas por lei e de extrema importância para o equilíbrio na natureza. Ensina que as serpentes são nossas aliadas no controle de zoonoses porque combatem roedores. Além disso, seu veneno contém ampla gama de enzimas, nem todas conhecidas.
Por isso, cada vez mais pesquisas são realizadas para melhor conhecer o veneno de serpente, e desenvolver com ele novos fármacos e substâncias. Ao nos depararmos com uma serpente devemos entrar em contato com a VAS (150), GCM (199), Polícia Ambiental (3882-6070) ou Corpo de Bombeiros (193). Estes órgãos avaliarão a situação e se for necessário o resgate da serpente o farão de forma segura, explica.
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