Projeto de equoterapia ajuda no desenvolvimento infantil

Turismo
Projeto de equoterapia ajuda no desenvolvimento infantil 30 março 2012

Desde março de 2010, cerca de 50 crianças, alunas da Escola Municipal de Educação Especial “Professora Nair Peres Sartori”, e de outras quatro unidades de Ensino Fundamental (Cardoso de Almeida, Rafael de Moura Campos, Jonas Alves de Araújo e Antenor Serra) participam de um projeto de equoterapia no Rancho São Francisco, localizado ? s margens da Rodovia Gastão Dal Farra, em Botucatu.

O trabalho com cavalos beneficia crianças que possuem dificuldades de aprendizagem, hiperatividade, dislexia, déficit de atenção e problemas de comportamento, tais como conduta de agressividade ou dificuldade de socialização.

Devido aos bons resultados no desenvolvimento destas crianças, a Prefeitura de Botucatu renovou mais uma vez, no início deste ano, o convênio com o Rancho São Francisco, que fica na Rodovia Gastão Dal Farra, km 4,5. “É uma atividade extra que só agrega valor ? s nossas crianças. O carinho, respeito, a paciência para com o próximo são estimulados no contato com o animal e todos esses quesitos são assimilados e praticados dentro e fora da sala de aula”, enfatiza o secretário municipal de Educação, Narcizo Minetto Júnior.

A seleção dos alunos é feita pelas coordenadoras pedagógicas das escolas, levando em consideração a necessidade de cada um. Assim, os mais necessitados de terapia são convocados e, em seguida, é enviada uma solicitação aos pais para que estes autorizem a participação da criança no projeto de equoterapia. Se a mesma não puder participar, será convidado um aluno da lista de espera.

Caso as coordenadoras concluam que a criança esteja com algum problema que não permita a prática de equoterapia, será solicitado aos pais ou responsáveis um atestado médico comprovando que ela se encontra liberada para fazer parte do projeto.

A instrutora Maria Gabriela Araújo afirma que a equitação traz muitos benefícios aos praticantes, tais como melhoras na concentração, equilíbrio, coordenação, postura, memória, autoconfiança e até mesmo maior sociabilidade. “A relação do aluno com os animais e com o campo é uma forma de estimular sentimentos como confiança, respeito e amizade”, diz, lembrando que as aulas no Rancho São Francisco reiniciaram dia 28 de fevereiro para as escolas de ensino fundamental e dia 12 de março para a Escola Especial Nair Peres.

{n}Equipe {/n}

A Prefeitura de Botucatu contrata os serviços do Rancho São Francisco para a realização do projeto. A equipe é constituída por Maria Gabriela Araújo e Catarina Metzler, instrutoras de equitação; Lucas Langoni Cassetari, fisioterapeuta; Milena Sartor Sacamone Savini, fisioterapeuta e pedagoga; e Carolina, psicóloga.

Transporte e alimentação
O rancho fica responsável também pelo transporte e alimentação dos alunos durante as atividades. Para tanto, foi estabelecida uma parceria com a empresa AJR Turismo (locação e transporte) e a Padaria Irmãos Ceranto.

Aulas para reabilitação
Este ano, os alunos da Escola de Ensino Especial Nair Peres Sartori terão suas aulas no Rancho São Francisco todas as segundas-feiras na parte da manhã. Como se trata de pessoas que possuem autismo ou algum déficit mental, é elaborada para elas uma proposta de trabalho diferenciada e voltada para reabilitação, coordenação, equilíbrio e estímulo da autoconfiança.

{n}PAEDA{/n}

Nas atividades com as crianças das escolas da 1ª a 4ª série, que possuem transtornos de aprendizagem específicos, a equipe tem aplicado o Programa de Atendimento Equoterápico nos Distúrbios de Aprendizagem (PAEDA).
Este método utiliza trabalhos e exercícios que desenvolvem as habilidades específicas dos alunos, tais como memória, percepção e atenção. Vale ressaltar que o Rancho São Francisco é um dos três únicos centros no Brasil que utilizam o PAEDA. As escolas de ensino fundamental participam do projeto todas as terças, com 20 alunos na parte da manhã e outros 20 ? tarde.

Fotos: Marco Magnoni

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