A Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) avança em seu processo de internacionalização. Mais um dos incentivos a essa abertura foi a participação em um convênio entre Brasil e Angola que viabilizou a vinda do estudante Pedro Mvovi Sozinho, de 23 anos, para cursar medicina na FMB.
O intercâmbio que permitiu a abertura de uma vaga a Pedro foi possível através do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), que oferece oportunidades de formação superior a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. Na quinta-feira, 10 de fevereiro, o angolano esteve pela primeira vez na faculdade quando conheceu a estrutura de ensino, a cidade e também recebeu auxílio do Escritório de Relações Internacionais da FMB para encontrar uma moradia.
Pedro conta que chegou cursar alguns meses de Medicina em Angola, mas quando ficou sabendo do convênio entre seu País e o Brasil logo se interessou pela oportunidade. Antes, porém, havia tentado concorrer a vagas em universidades da Rússia e Cuba, mas não havia disponibilidade. Quando descobri que havia possibilidade de estudar no Brasil, logo me interessei. Se tivesse ficado sabendo antes, nem teria arriscado outros países. No Brasil tenho a vantagem de a língua ser a mesma que a falada em Angola. Além disso, estou adorando o clima em Botucatu. É uma cidade muito bonita, avalia.
Essa não é a primeira vez que o estudante é obrigado a ficar algum tempo longe da família. Ele conta que chegou a passar cinco anos em um seminário, se preparando para ser padre. Desisti porque meu sonho sempre foi ser médico e não padre. Espero sair dessa faculdade um bom médico, mas não apenas científica e tecnicamente, mas também um profissional humanizado. Depois quero voltar para Angola para ajudar o meu povo, garante.
{n}Sobre o Programa PEC-G{/n}
Desenvolvido pelos ministérios das Relações Exteriores e da Educação, em parceria com universidades públicas – federais e estaduais – e particulares, o PEC-G seleciona estrangeiros, entre 18 e 25 anos, com ensino médio completo, para realizar estudos de graduação no país.
O aluno estrangeiro selecionado cursa gratuitamente a graduação. Em contrapartida, deve atender a alguns critérios; entre eles, provar que é capaz de custear suas despesas no Brasil, ter certificado de conclusão do ensino médio ou curso equivalente e proficiência em língua portuguesa, no caso dos alunos de nações fora da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
São selecionadas preferencialmente pessoas inseridas em programas de desenvolvimento socioeconômico, acordados entre o Brasil e seus países de origem. Os acordos determinam a adoção pelo aluno do compromisso de regressar ao seu país e contribuir com a área na qual se graduou.
Fonte: Assessoria de comunicação e imprensa do HC/Unesp
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