Por favor! Olhem para a EECA (Escola Estadual Cardoso de Almeida). Não tem vagas para o curso noturno do Ensino Médio (1º ao 3º ano) e a fila de espera é muito grande. Durante o dia meu filho de 16 anos trabalha e não pode estudar e ? noite não tem vaga. Foi este o apelo feito pela mãe de um estudante, que pediu para não se identificar, alegando que está procurando as mães que estão com o mesmo problema para fazer um abaixo-assinado. Outra reclamação é que a Escola Pedro Torres, no Bairro do Lavapés, interrompeu o curso noturno.
A diretora regional de Ensino, Regina Bergamasco, reconhece que o problema no EECA com relação a falta de vagas existe, realmente, mas isso acontece em razão dos alunos de diferentes bairros optarem por estudar nessa escola que é a mais centralizada da cidade. Hoje o EECA está localizada numa área comercial e cultural e não residencial. Por isso recebe alunos de diferentes bairros e ocorre essa grande procura. Temos uma fila de espera de cerca de 70 alunos de diferentes regiões da cidade, revela Bergamasco.
Sobre a interrupção do curso do ensino médio na Escola Pedro Torres, ela foi taxativa. Tínhamos apenas 19 alunos inscritos que não chegam a 50% de uma sala de aula. Por isso os alunos foram remanejados para o EECA. Se tivesse número de alunos suficiente, claro que as aulas retornariam, mas os alunos querem o EECA. Em outras escolas da cidade a situação é normal, tanto no ensino fundamental (6º ao 9º ano) como o médio (1º ao 3º ano), frisa a educadora.
Outro detalhe apresentado pela diretora é com relação a obrigatoriedade do aluno estar trabalhando de dia para estudar ? noite. Não seria justo os alunos que estão trabalhando para ajudar na renda familiar perderem as vagas para os que não trabalham. Por isso, a prioridade é para quem comprovar que está trabalhando, alerta a diretora de Ensino.
Foto: Jornal Acontece Botucatu
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