Fotos: Luiz Fernando
Na tarde desta sexta-feira (9) o Corpo de Bombeiros atendeu um incêndio de grandes proporções em uma área de mata nativa e pasto às margens da Rodovia Marechal Rondon, km 250, nas proximidades da empresa Caio/Irizar. As labaredas e a fumaça, prejudicaram o tráfego de veículos nos dois sentidos da pista em razão da pouca visibilidade. As causas do incêndio não foram detectadas.
Em razão da estiagem das últimas semanas, o Corpo de Bombeiros alerta que um simples bituca de cigarro jogado no acostamento das rodovias onde a vegetação está seca, pode resultar em uma queimada onde o fogo se propaga rapidamente. Além do prejuízo ao Meio Ambiente, a fumaça e a fuligem ocasionadas pelas chamas podem causar intoxicação.
Vale lembrar que a Defesa Civil de Botucatu está realizando uma campanha que tem o slogan “Queimada: Apague essa Ideia!” em parceria com a Guarda Municipal, Secretaria de Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) e ONG S.O.S Cuesta. Nesta época a temperatura mais baixa, ventos mais fortes e o clima seco, com menor volume de chuva, tornam o ambiente propício ao surgimento de um maior número de focos de incêndio.
Com isso o Corpo de Bombeiros de Botucatu chega a atender, em média, dez ocorrências diárias relacionadas a queimadas. “Fazemos triagem de cada caso, mas na maioria das vezes o fogo tem início de forma intencional, de ação humana, principalmente para a limpeza de terrenos”, colocou o tenente Edson Winckler, comandante do Grupamento dos Bombeiros de Botucatu.
Por estes motivos a campanha busca conscientizar a população botucatuense sobre os prejuízos gerados pela queimada e estimular as denúncias contra esse tipo de ação. De acordo com a Lei Complementar 1.007, de novembro de 2012, o uso de fogo para a limpeza de terrenos em Botucatu pode gerar multa de R$ 100 mais R$ 5 por metro quadrado da área queimada. Em caso de reincidência, a multa passa para R$ 200 mais R$ 10 por metros quadrado. Em Áreas de Preservação Permanentes (APPs) os valores destas multas são aplicados em dobro.
“A campanha vai até o final de agosto. Estaremos fazendo bloqueios educativos nas ruas, orientações nas áreas de maior incidência de queimadas e atividades junto os alunos de nossas escolas. Temos que manter acesa a ideia de que praticar queimada é um crime contra nós mesmos, um risco ao meio ambiente e à vida humana. Por isso é preciso que a população denuncie para que possamos atuar de forma preventiva”, ensina Paulo Renato da Silva coordenador da Defesa Civil.
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