O médico veterinário Eduardo Diniz, da empresa VetCar, trabalha há vários anos em um projeto que visa dar maior comodidade a animais vítimas de acidente (atropelamento) ou doenças que resultaram em perda da mobilidade dos membros, dando-lhes nova qualidade de vida, permitindo que voltem a andar por si com a adaptação de um aparelho de fisioterapia, também conhecido como “cadeira de rodas para cães”.
Entretanto, não existe a pronta entrega desse aparelho no mercado, pois cada um é feito, exclusivamente, para cada animal. “Cada aparelho é único e confeccionado sob medida para o solicitante, considerando-se a especialidade de seu problema e estrutura física, depois de uma análise rigorosa de cada caso para se conhecer as necessidades do cão ou gato”, explica Diniz, lembrando que o animal pode fazer suas necessidades fisiológicas sem sujar o aparelho.
Diniz enfatiza que o peso do aparelho não prejudica o animal. “O peso não deve ser considerado por si só. Assim como um cavalo não carrega uma carroça, mas a puxa, o mesmo acontece com cães e gatos. Dessa forma, o peso que o animal irá tracionar é, aproximadamente, 20 vezes menor do que o aparelho, confeccionado em aço inox trefilado que é leve, resistente, não enferruja, se ajusta ao corpo e não prejudica a coluna ou membros”, coloca o veterinário.
Observa o médico que a versatilidade do aparelho permite que o animal o use dentro ou fora de casa, ande na água ou suba e desça escadas. “Pode (o aparelho) ser usado em qualquer ambiente. Porém, para terrenos acidentados, recomenda-se o uso de rodas especiais. Descer é fácil, porém como o animal depende dos membros superiores para subir escadas, somente será possível fazê-lo se os degraus apresentarem tamanhos menores que os do eixo das rodas escolhidas”.
Também o tempo em que o animal fica no aparelho durante o dia foi estudado. “O número de horas ininterruptas de uso varia de animal para animal, não havendo regra geral. Todavia, é preciso deixar claro que o aparelho não é um substituto absoluto dos membros, devendo, portanto, ser removido para que o animal se acomode quando estiver cansado e, principalmente, durante o descanso noturno, considerando idade, raça e estrutura física de cada paciente”, enfoca o veterinário.
Outro dado interessante é que ao contrário do homem que ao deparar-se com paralisias pode restringir, consideravelmente, suas atividades sociais (guiar, dançar, praticar esportes, etc) para o animal seu nível social aumenta, uma vez que terá mais atenção de seus donos. “Dessa forma, ele se reintegra novamente ao seu meio, elevando sua auto-estima. Além do mais, por estar em sua posição natural (quadrúpede) socializa-se melhor com outros animais em seu habitat”, frisa Diniz.
“Apesar de depender do aparelho para andar, quanto mais usá-lo, maiores serão as chances de voltar a caminhar por si só (caso haja essa possibilidade)”, complementa o veterinário, lembrando que a VetCar mantém um site no ar para que as pessoas conheçam o trabalho que é desenvolvido e possam tirar maiores dúvidas: www.vetcar.com,br e [email protected], telefones (14) 3813-9991 e 3813-1245.
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