Foram 600 metros cúbicos (cerca de seis toneladas) de lixo retirado do Rio Bonito pelo Grupo Ambiental de Botucatu com a Polícia Militar Ambiental em parceria com a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Meio Ambiente, contando com os moradores da Colônia de Pescadores, além do Grupo Sacae Watanabe, Gruppi Concreto, Duratex, Fazenda Morrinhos, Usina de São Manuel, Areia Rays e Madeireira Moretto, além de dois professores da Unesp de Botucatu: Carlos Roberto Teixeira e Carlos Eduardo Wilckem e dois advogados: Junior Colenci e Moacir Fernandes Filho.
O mutirão de limpeza foi realizado em trecho de 70 quilômetros, entre Anhembi à represa de Água Nova, totalizando 140 quilômetros de margens limpas. Na primeira etapa realizada em fevereiro deste ano foram retirados 300 metros cúbicos de lixo, que com a estiagem acaba se acumulando nas margens do rio, contaminando as águas e causando transtornos a navegação e ao turismo da região.
Atividade faz parte de um projeto de preservação do Meio Ambiente que começou a ser desenvolvido no ano de 2013 pelo Grupo Ambiental na região. A coleta foi depositada em um local apropriado na “prainha” da barça no Rio Bonito Campo e Náutica e recolhida por caminhões da Prefeitura Municipal e das empresas participantes, para destinação à fábrica de reciclagem.
“Os pescadores coletaram os mais variados tipos de objetos, principalmente produtos plásticos que são jogados no rio de maneira irregular. O importante é que o lixo é 90% reciclável e poderá ser reutilizado, colaborando com a preservação do Meio Ambiente e gerando renda para as pessoas envolvidas com a reciclagem”, comentou o comandante interino da 3ª Companhia de Polícia Militar Ambiental de Sorocaba, tenente Gustavo Henrique do Nascimento.
Paralelo a coleta dos materiais os pescadores receberam R$ 10 mil reais, dinheiro oriundo de uma contribuição feita entre as pessoas e empresas envolvidas no projeto. “É uma ajuda à Colônia de Pescadores para esta época de piracema que termina no final do mês de fevereiro, período em que a pesca é proibida”, colocou tenente Henrique, realçando que “esse recurso será utilizado para fazer reparos nos barcos, manutenção de motores e compra de novas redes que o grupo utilizará assim que a piracema acabar”.
O secretário de Meio Ambiente, Perseu Mariani, enfatiza que esta é uma ação que presta um serviço de extrema necessidade ambiental e é ecologicamente correta, para despoluir o Rio Tietê. “Também tem o objetivo de melhorar a qualidade dos locais de pesca da região e sensibilizar a população que o rio não é lixeira e que muita gente depende dele para sua sobrevivência, inclusive nós”, argumenta o secretário, lembrando que “muitos materiais como isopor e garrafas pet, se não tiverem o destino correto, podem demorar centenas de anos para se decompor”.
Vale lembrar que essa iniciativa do Grupo Ambiental vem sendo alvo de elogios por parte dos órgãos federais que controlam a pesca no País. “Temos total convicção de que estamos atingindo nosso objetivo, que é fazer com que ações que tenham como finalidade a melhoria do meio em que vivemos se tornem rotina e atraiam cada vez mais a participação de todos os setores da sociedade”, finaliza o tenente Henrique.
Compartilhe esta notícia