A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu recebeu mais de 630 solicitações de retiradas de enxames de abelhas e vespas somente neste início de ano. É uma média de nove solicitações por dia, sem contar os enxames que são capturados nas caixas iscas que foram distribuídas em pontos estratégicos da Cidade.
A VAS explica que a grande maioria destes enxames é migratória. Ou seja, como não têm um território para defender, raramente atacam o ser humano. Ainda assim orienta-se que as pessoas evitem fazer a retirada destes enxames com métodos caseiros próprios.
De acordo com Valdinei Campanucci, supervisor e serviços de saúde ambiental e animal da VAS, caso se depare com um enxame de abelhas ou vespas, a pessoa deve manter a calma, se afastar do local e acionar a Vigilância Ambiental em Saúde. O serviço de retirada de enxames de abelhas africanizadas é realizado no período noturno, entre as 18 e 22 horas.
O importante é não atearmos fogo ou jogarmos veneno no enxame, pois isso desencadeará um comportamento de defesa das abelhas, atacando, assim, pessoas e animais em um raio de até 300 m², alerta.
As abelhas africanizadas podem se abrigar nos forros das edificações, caixas de inspeção, cupinzeiros, ocos de árvores, móveis velhos, entre outros lugares. Quando um enxame está fixado, tais insetos tendem a defender o território atacando pessoas e animais que se aproximam, podendo ocasionar acidentes graves e até a morte. Isso dificilmente ocorre quando tais insetos estão polinizando, ou seja, coletando alimento.
Em caso de ataque de abelhas devemos promover uma fuga do local o mais rápido possível, protegendo, principalmente, cabeça e pescoço. Para que animais não se tornem vítimas do ataque, não deixemo-los presos ou confinados em canis, gatis ou baias, para que eles também possam escapar. completa.
{n}Abelhas lideram atendimento{/n}
Em 2013, a retirada de enxames de abelhas e vespas liderou o ranking da VAS de Botucatu com 1.040 atendimentos. Deste total, 120 acidentes foram registrados. A maioria casos leves. Nos últimos cinco anos foram registrados três óbitos decorrentes de acidentes com abelhas africanizadas em Botucatu. Dois destes óbitos ocorreram devido ? criação inadequada de abelhas africanizadas em área urbana.
Por este motivo a Vigilância Ambiental, em parceria com o Setor de Apicultura da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, tem distribuído caixas-iscas para capturar enxames de abelhas africanizadas na área urbana do Município. Até o momento foram instaladas 25 destas armadilhas. Nossa intenção é ampliar a instalação destas armadilhas para evitar possíveis acidentes com abelhas, que normalmente atacam quando se sentem ameaçadas, argumenta Campanucci.
Em parceria com o Departamento de Apicultura da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp Botucatu, a VAS realiza a retirada dos enxames que oferecem riscos ? população. Os casos avaliados pela Vigilância, que são de difícil acesso, são encaminhados para o Corpo de Bombeiros. Fora do horário comercial, finais de semana e feriados, o cidadão deverá ligar para a Guarda Civil Municipal (199) que acionará o plantão da VAS.
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