O aumento do número de ocorrência de ataque de abelhas contra a municipalidade está deixando a Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), em estado de alerta. O agravante é que nesse período do ano (primavera-verão), esses insetos peçonhentos ficam mais ativos, pois buscam de forma constante o néctar das flores e invadem propriedades rurais ou urbanas, entrando em contato direto com o homem.
A VAS, que é ligada a Secretaria de Saúde elaborou um histórico onde está descrito que em 2004 haviam sido registradas em Botucatu 18 reclamações relacionadas ? enxames de abelhas enquanto que no ano passado foram 174 notificações. Em 2010 já chegamos a 260 comunicados para retirada de enxames. Nesta sexta-feira (10) já havíamos recebido seis. Por mês, a VAS recebe em média 22 reclamações de abelhas africanizadas, informa Valdinei Moraes Campanucci da Silva, supervisor de serviços de saúde ambiental e animal da VAS.
Esse alerta também se faz necessário uma vez que nesta época muitos costumam fazer passeios em trilhas e cachoeiras, onde é mais comum ainda encontrarmos abelhas. Dependendo da intensidade do ataque, a pessoa pode entrar em óbito, acrescenta o supervisor.
Na quarta-feira desta semana, por exemplo, o Corpo de Bombeiros encaminhou ? VAS uma ocorrência de enxame de abelhas africanizadas na Vila dos Médicos. Conforme relatos, os insetos costumavam a atacar pessoas que transitavam pela Rua Darwin do Amaral Viegas. No local, a VAS constatou que tratava-se de um enxame localizado em uma árvore, a aproximadamente 12 metros de altura.
O local foi isolado, com o auxílio da GCM, e acionado o apoio do Corpo de Bombeiros devido o difícil acesso ? colméia. Com o auxílio de um caminhão da CPFL foi possível chegar até a colméia e fazer a retirada da mesma. Orientamos as pessoas a nunca realizar o manejo destes enxames por conta própria, conta.
Em parceria com o Departamento de Apicultura da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp Botucatu, a VAS realiza a retirada dos enxames que oferecem riscos ? população. Os casos avaliados pela Vigilância, que são de difícil acesso, são encaminhados para o Corpo de Bombeiros.
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