Quase 500 pessoas participaram da oitava edição do Dia de Campo do Eucalipto realizado no dia 26 de setembro, pela Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp e Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf).
O evento teve início no Ginásio de Esportes da FCA com as palestras Manejo de brotação em plantações de eucalipto, proferida por José Mauro Santana da Silva (UFSCar); Atualidades na produção de biomassa florestal, pelo professor Saulo Guerra (FCA/Unesp); Financiamento e seguro florestal, com a equipe do Banco Santander e Benefícios do manejo de uso múltiplo para floresta de eucalipto, com Luiz Franco de Freitas, da empresa Multiflorestas.
No campo, foram realizadas as dinâmicas com demonstração de técnicas do plantio de eucalipto, aplicação de herbicida, formicida, adubação e preparo de solo, avaliação de plantio, monitoramento nutricional, inventário florestal; colheita mecanizada com harvester e forwarder (corte, baldeio e empilhamento de toras), desbrota e plantio de espécies nativas.
O público foi formado por estudantes de graduação e pós-graduação, técnicos agrícolas, representantes de empresas do setor florestal e muitos produtores, vindos inclusive de outros estados como Mato Grosso do Sul, Paraná e Minas Gerais.
O produtor botucatuense Humberto Migiolaro, que participou do evento pela primeira vez, considerou a iniciativa muito válida. Obviamente, nem todos os aprendizados são viáveis para todos, mas podem servir como um norte, no sentido que o produtor deve se movimentar dentro de sua realidade. A tecnologia vai evoluindo e temos que acompanhar.
Havia também os que não são produtores florestais, mas estudam a possibilidade de ingressar no ramo, como o empresário paulistano Sérgio Gomes Brandão. Quero conhecer detalhadamente o ciclo de produção do eucalipto e, de modo geral, da madeira, para tentar viabilizar o negócio. Esse contato com a universidade é muito importante. Eu nunca tinha visto nada prático como aqui no evento. As palestras também tiraram uma porção de dúvidas que eu tinha e vão me ajudar a decidir se entro nesse ramo.
Para os organizadores, o balanço do evento foi muito positivo, especialmente pela grande presença de produtores. O Dia de Campo está se tornando um ponto de encontro e um centro de referência para os produtores. Além disso, ajudamos na transferência de conhecimento de nossas pesquisas e projetos e das novas tecnologias do setor para atender a sociedade, o que sempre foi nosso objetivo, avaliou o professor Saulo Guerra, coordenador do evento.
Idealizador e também coordenador do evento, o professor Carlos Frederico Wilcken ressaltou a importância de um novo olhar sobre a cultura do eucalipto. O setor está em expansão, mas ainda há falta de informações. Muita gente apenas planta, controla as formigas e espera crescer, mas hoje precisamos encarar o eucalipto como uma cultura e é isso que queremos demonstrar aqui. É importante que o produtor tenha informações sobre a qualidade do material genético que vai ser plantado, técnicas de adubação, controle de pragas e colheita. É um setor bastante tecnificado e essa tecnologia está acessível, mas é preciso ter essa mentalidade que o eucalipto é uma cultura e precisa ser tratada como tal.
Fonte: Assessoria de imprensa:
Aline Grego/Sérgio Santa Rosa
Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp – câmpus de Botucatu/SP