Em Botucatu, a Vigilância Ambiental em Saúde recebe, em média, duas solicitações por dia para o resgate de gambás (Didelphis albiventris) em imóveis da Cidade. Estes são animais silvestres que se adaptaram ? área urbana devido ? oferta de abrigo (forro das casas, porões, vãos entre muros) e alimento (restos de comida, ração de animais, frutos, entre outros).
Segundo o supervisor de serviços de saúde ambiental e animal, Valdinei Moraes Campanucci da Silva, os gambás possuem hábitos noturnos e habilidade para escalar árvores e alcançar o muro e telhado das residências para suas incursões em busca de alimentos.
É muito comum eles acabarem ficando para descansar em um canto sossegado da casa, como churrasqueira, casinha do botijão de gás ou atrás da máquina de lavar. Não são animais agressivos, mas quando acuados podem morder para se defender, explica.
Ele ainda orienta a toda população para que, ao encontrar um gambá em casa, não tente capturá-lo. Segundo Campanucci, deve-se ligar para a VAS (150) ou para a Guarda Civil Municipal (199) para que estes órgãos façam o resgate seguro do animal.
Quando o gambá já está instalado em uma edificação ou visita a mesma com frequência, a VAS coloca armadilhas para capturá-lo. Todo gambá resgatado é encaminhado para o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Silvestres (Cempas) da Unesp de Botucatu para avaliação e depois solto em mata. Os gambás são animais silvestres protegidos por lei. Portanto, caçar, perseguir, ferir ou matar estes animais é crime, alerta Campanucci.
Ele revela que existem alternativas para minimizar a entrada desse animal em residências. Não deixar rações de animais expostas durante a noite; não deixar restos de alimentos na área externa da casa; e vedar todo acesso que possa existir ao forro para que não façam daí o seu abrigo, são algumas delas.
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