No último dia 10, a Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) de Botucatu recebeu a solicitação de moradores do Rio Bonito para o resgate de uma serpente que estava em cima de uma árvore e devolvê-la ao seu habitat natural. De janeiro até agora já foram feitas 31 capturas de serpentes, a maioria não peçonhenta.
No caso registrado no Rio Bonito, a equipe da VAS constatou tratar-se de uma jiboia, espécie muito comum na região. Elas são carnívoras, não venenosas e que matam suas presas através do estrangulamento e sufocamento. Em seu cardápio encontram-se aves e roedores de pequeno ou médio porte, lagartos grandes, mamíferos de pequeno porte e até mesmo outras serpentes. É um animal de hábitos noturnos, mas eventualmente agem durante o dia.
Independente de serem ou não venenosas, Valdinei Moraes Campanucci da Silva, supervisor de serviços de Saúde Ambiental e Animal, ressalta que as serpentes são animais silvestres protegidas por lei. Elas são importantíssimas nas cadeias e teias ecológicas, sendo ora presas ora predadoras. Elas são nossas aliadas no controle de zoonoses porque combatem roedores, por exemplo. Além disso, seu veneno contém ampla gama de enzimas, nem todas conhecidas. Por isso, cada vez mais pesquisas são realizadas para melhor conhecer o veneno das serpentes, e desenvolver com ele novos fármacos e substâncias, argumenta.
As serpentes costumam se movimentar em matas, mas caso sejam encontradas na área urbana devem ser resgatadas de forma segura por profissionais capacitados. Em Botucatu, o resgate de animais selvagens pode ser realizado pelas equipes da Vigilância Ambiental em Saúde, Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Ambiental ou Corpo de Bombeiros.
Compartilhe esta notícia