A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS) realizou no mês de julho passado mais uma Avaliação de Densidade Larvária (ADL). A atividade mede o índice de infestação do mosquito transmissor da dengue (Aedes aegypti) em sua fase larvária e identifica quais recipientes dos domicílios são potenciais criadouros do inseto.
Na ocasião foram trabalhados 3.537 imóveis. Destes, apenas 0,5% estavam com larvas do Aedes aegypti. De acordo com a classificação dos índices de infestação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice do Município é classificado como “satisfatório”. De 1,1% a 3,9% o sinal é de alerta. Acima de 3,9% há risco de epidemia.
A VAS continuará a intensificar as visitas de controle do mosquito transmissor da dengue nas regiões que apresentaram maiores índices de infestação: bairros da região Central/Oeste e Leste. O atual baixo índice de larvas, no entanto, não diminui a preocupação da Vigilância Ambiental.
“Se estivéssemos em um período chuvoso, o índice de infestação poderia ser bem maior, pois há nos domicílios uma grande quantidade de recipientes existentes, ou seja, em condições de se tornarem criadouros de mosquitos”, argumenta o agente de saúde pública, Valdinei Campanucci da Silva, realçando que pratos de plantas, bebedouros de animais, depósito de água, latas, plásticos utilizáveis, entre outros estão entre os principais recipientes encontrados pela equipe das VAS nas residências.
“Em uma visita o agente de saúde pública não consegue eliminar estes recipientes porque eles são utilizáveis pelos moradores, mas ele indica a melhor forma de armazenamento para evitar que se tornem criadouros de mosquitos”, diz Campanucci, lembrando que Secretaria da Saúde de tem registrado, até o momento, 18 casos importados e 2 casos autóctones (contraído no próprio município), confirmados em 2014.
Para se ter ideia, um ovo de um mosquito da dengue consegue ficar mais de um ano grudado em um recipiente. Se essa superfície não for lavada adequadamente, com água e sabão, uma simples chuva pode fazer o ovo eclodir e surgir novos insetos em menos de dez dias.
Sintomas
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda que pode ter manifestações assintomáticas até quadros graves e fatais. Ela é causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes), ocorrendo principalmente nos países tropicais, onde as condições são favoráveis à proliferação do seu vetor: o aedes aegypti.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos: Denv 1, Denv 2, Denv 3 e Denv 4. Estes quatro sorotipos já circulam no Brasil. Desde 1990, quando se estabeleceu a transmissão de dengue no Estado de São Paulo, o padrão epidemiológico da doença tem apresentado períodos de baixa transmissão intercalada com a ocorrência de epidemias, estas geralmente associadas à introdução de novo sorotipo ou à alteração do sorotipo predominante.
No inverno e clima mais seco muitos também costumam confundir sintomas da dengue com as de gripes e resfriados. No caso das doenças respiratórias, febre e dores de cabeça e muscular costumam ser de baixa e média intensidade, além de virem acompanhadas por dor de garganta, tosse, secreção nasal e espirros, o que não ocorre na dengue.
Já os sintomas característicos da dengue são: febre alta [acima de 38°C], dores intensas de cabeça, no fundo dos olhos, e por todo corpo, onde também podem aparecer manchas vermelhas. Ao identificar esses sinais clássicos de dengue, a pessoa deve procurar atendimento médico imediatamente e ficar em repouso permanente de 10 a 15 dias. Neste período, a Secretaria Municipal da Saúde, através da VAS, iniciará todas as atividades necessárias para evitar a transmissão da doença no Município.
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