A Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), vinculada ? Secretaria Municipal de Saúde, realizou no último mês de janeiro, em Botucatu, a Avaliação de Densidade Larvária (Índice de Breteau) que identifica os níveis de infestação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. O resultado foi de 2,7 imóveis com larvas de mosquito para cada cem imóveis visitados. O resultado preconizado como satisfatório pela Organização Mundial de Saúde é inferior a 1.0.
O resultado coloca Botucatu em situação de alerta, principalmente em determinadas regiões da Cidade que apresentaram índices ainda mais altos de infestação do inseto. É o caso do setor Leste que registrou índice de 4,7 e do setor central/Oeste com percentual de 5,3. O aumento no número de larvas por imóveis visitados inevitavelmente está relacionado ao grande volume de chuvas registrado nesta época do ano, aliado a falta de cuidados da população para evitar a reprodução do mosquito.
{n}Proliferação pode ser evitada{/n}
O Índice de Breteau avalia também o comportamento da população quanto ? disponibilidade de criadouros, isto é, quais são os recipientes que estão sem os devidos cuidados e assim se transformam em criadouros do mosquito.
O resultado mostrou também que 70% dos recipientes com larvas são aqueles que não podem ser eliminados facilmente, pois apresentam utilidade para os moradores, como vasos e pratos de plantas, bebedouros de animais, piscinas, calhas, entre outros. Mas estes recipientes são passíveis de alteração na sua forma, posição ou utilização para evitar assim a proliferação do mosquito transmissor da dengue, pondera Valdinei Moraes Campanucci da Silva, supervisor de serviços de Saúde Ambiental e Animal da VAS. Apenas 36% dos recipientes podem ser eliminados, pois não apresentam serventia para os moradores como latas, potes, garrafas descartáveis, restos de construção, pneus, entre outros, completa.
Os agentes de saúde pública constataram que 76,5% dos recipientes com água, em condições propícias de se tornarem criadouros de mosquito, são recipientes de uso dos moradores ou fixados ? edificação. Enquanto 23,5% são recipientes sem serventia e que podem ser descartados.
Os números da Vigilância Ambiental apontam que uma ação de coleta de materiais, neste momento, não diminuiria consideravelmente a infestação de mosquitos, uma vez que os principais criadouros do mosquito não podem ser eliminados. Ainda assim é fundamental a participação da população nos cuidados da sua casa, orientando seus vizinhos e comunicando a Vigilância sobre possíveis focos de dengue, diz o supervisor da VAS, que nas próximas semanas intensificará as visitas de casa em casa, principalmente nas regiões que apresentaram alto índice de larvas do Aedes.
{n}Casos aguardam análises{/n}
Em 2011, até o momento, de acordo com a VAS, foram oito casos relacionados ? dengue notificados. Deste montante, cinco já foram descartados e outros três (um importado de Macatuba e dois autóctones) aguardam análises de comprovação da doença. No ano passado, das 98 notificações, 75 tiveram resposta negativa ? doença. Dos casos positivos, 18 eram importados e cinco, autóctones. Mas é bom ressaltar que nenhuma morte relacionada ? dengue foi registrada no Município, informa Silva.
Os sintomas da dengue são: febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, dor nos músculos e nas articulações, enjoos, vômitos. A quaisquer destes sintomas, a VAS orienta a população a procurar o posto de saúde mais próximo, evitando assim, a automedicação.
{n}Medidas para evitar picada de mosquito{/n}
Espirais ou vaporizadores elétricos: Devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos da dengue mais picam.
Mosquiteiros: Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto ? noite.
Repelentes: Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.
Telas: Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.
{n}Medidas para eliminação dos locais de reprodução {/n}
Tampar os grandes depósitos de água: A boa vedação de tampas em recipientes como caixas dágua, tanques, tinas, poços e fossas impedirão que os mosquitos depositem seus ovos. Esses locais, se não forem bem vedados, permitirão a fácil entrada e saída de mosquitos.
Remover o lixo: O acúmulo de lixo e de detritos em volta das casas pode servir como excelente meio de coleta de água de chuva. Portanto, as pessoas devem evitar tal ocorrência e solicitar sua remoção pelo serviço de limpeza pública – ou enterrá-los no chão ou queimá-los, onde isto for permitido.
Fazer controle químico: Existem larvicidas seguros e fáceis de usar, que podem ser colocados nos recipientes de água para matar as larvas em desenvolvimento – este método para controle doméstico da dengue em cidades grandes tem sido usado com sucesso por várias secretarias municipais de saúde e é realizado pelos agentes de controle da dengue.
Limpar os recipientes de água: Não basta apenas trocar a água do vaso de planta ou usar um produto para esterilizar a água, como a água sanitária. É preciso lavar as laterais e as bordas do recipiente com bucha, pois nesses locais os ovos eclodem e se transformam em larvas.
Fonte: Secretaria de Comunicação
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