66 cidades de SP receberão ações no combate à obesidade, hipertensão e diabetes
Obesidade, hipertensão e diabetes são Doenças Crônicas Não Transmissíveis e que estão associadas a 72% das causas de mortes no Brasil e 64 % no estado de São Paulo. Elas avançam quase que silenciosamente por alguns fatores (sedentarismo, má alimentação, tabagismo e uso abusivo de álcool) e impactam diretamente a saúde pública, representando 75% dos gastos no SUS.
Diante deste contexto, a Profª Maria Rita Marques, do Instituto de Biociências da Unesp Botucatu, coordena um projeto que acaba de ser aprovado pelo CNPq, junto ao Ministério da Saúde, e que irá abranger 66 municípios (10,2%) do Estado de São Paulo. Integrará ensino, pesquisa e extensão com o propósito de transformar as práticas de gestão, promoção da saúde, prevenção e cuidado da obesidade, hipertensão arterial sistêmica e diabetes.
Os municípios que participarão do projeto (veja abaixo) foram selecionados com base em dados oficiais da Saúde, que observam índices como prevalência de excesso de peso e mortalidade prematura por hipertensão e diabetes na população. Foram também considerados o grau de urbanização e a tipologia dos municípios em termos de representatividade proporcional à configuração do Estado.
A proposta prevê, no período de três anos, a capacitação de profissionais e gestores da saúde, análise situacional dos municípios, além de produção de conteúdos sobre o tema direcionados ao público em geral e acadêmico. A equipe executora do trabalho será formada por profissionais de Nutrição, Medicina, Enfermagem, além de professores e pesquisadores de várias unidades da Unesp, vinculados ao INTERSSAN (Centro de Ciência, Tecnologia em Segurança Alimentar e Nutricional), com sede em Botucatu.
“Queremos identificar, em cada uma dessas 66 cidades, profissionais com habilidade para promoção de mudanças e ajustes em sua rede de trabalho. A inserção das práticas acadêmicas no território não só promoverá e fortalecerá as ações de promoção da saúde e prevenção e cuidados das DCNTs na atenção básica, como também qualificará o processo de ensino”, argumenta Maria Rita.
“Não só a alimentação, mas o cuidado com a saúde, tem sido colocado em evidência frente à atual crise sanitária provocada pela COVID-19. Essa crise trouxe e certamente continuará trazendo demandas para as abordagens de saúde, incluindo o enfrentamento das doenças crônicas”, complementa.
Sobre o INTERSSAN
O INTESSAN congrega um grupo de pesquisadores que têm trabalhado com obesidade e doenças associadas desde a pesquisa básica até a política pública há quase 20 anos. Atua no ensino, pesquisa e extensão em apoio à Rede SANS – Rede de defesa e promoção da alimentação adequada, saudável e solidária em parceria com a sociedade civil e o poder público em diversos municípios do Estado de São Paulo.
Conta com infraestrutura e recursos proporcionados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Além disso, possui pesquisadores envolvidos em 17 das 24 unidades da UNESP espalhadas pelo Estado de SP. Sua missão é missão contribuir para o desenvolvimento social, científico, tecnológico que proporcione Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN) em âmbito local, regional e internacional.
Saiba mais em: www.redesans.com.br.
Municípios que integrarão o projeto:
Santo André
Arujá
Caieiras
São Lourenço da Serra
Carapicuíba
Praia Grande
Ilha Comprida
Cananéia
Iguape
Eldorado
Iporanga
Salto de Pirapora
Capão Bonito
Itaóca
Saratuiá
Anhembi
Arealva
Itaju
Uru
Pacaembu
Parapuã
Assis
Lupércio
Bernardino de Campos
Paulicéia
Caiuá
Martinópolis
Quatá
Euclídes da Cunha Paulista
Santa Fé do Sul
Aspásia
Mira Estrela
Nhandeara
Potirendaba
José Bonifácio
Itajobi
Guaraçaí
Araçatuba
Penápolis
Aramina
Cristais Paulista
Sales Oliveira
Batatais
São Simão
Pontal
Matão
Itápolis
Trabiju
Descalvado
Olímpia
Taquaral
Leme
Corumbataí
Cordeirópolis
Charqueada
São Sebastião da Grama
Espírito Santo do Pinhal
Itapira
Serra Negra
Indaiatuba
Pedra Bela
Jundiaí
Lorena
Campos do Jordão
Ilhabela
Jacareí
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