A iniciativa partiu de alunos de nutrição, biomedicina e medicina
Você sabia que a Unesp de Botucatu tem um grupo de estudos sobre a saúde de pessoas transgênero? O GESTrans (Grupo de Estudos em Saúde Transgênero) iniciou suas atividades no dia 25 de maio, com uma aula sobre Conceitos e Contextos sobre indivíduos transgêneros, ministrada pela psicóloga Priscila Tamarozzi.
“O grupo surgiu através da iniciativa de alunos da graduação dos cursos de nutrição, biomedicina e medicina, com o intuito de disseminar informações e promover discussões sobre os temas da área da saúde envolvendo a população transgênero”, explica a professora Renata Maria Galvão de Campos Cintra, do Departamento de Ciências Humanas e Ciências da Nutrição e Alimentação do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IB), e que faz parte da coordenação do GESTrans.
De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a população Transgênero possui uma baixa expectativa de vida como consequência da marginalização e violência sofridas. Essa realidade vai de encontro ao despreparo na formação de profissionais da área da saúde em relação às demandas dessa população e é pensando nisso que o GESTrans agirá.
Como funciona?
O objetivo do grupo é trazer a pauta de identidade de gênero, cidadania e cuidados em saúde da população Transgênero para o meio acadêmico, criando um espaço de aprendizado para a formação dos futuros profissionais de saúde, além de despertar possíveis futuros projetos de pesquisa e extensão voltados a esse público.
“O SUS (Sistema Único de Saúde) possui princípios que prezam pela atenção e tratamento de toda a população brasileira, sempre respeitando suas diferenças, individualidades e necessidades, sendo necessário que os profissionais formados e futuros profissionais estejam capacitados para atender a todos os indivíduos, sem distinção”, comenta a professora.
Por meio de aulas e rodas de conversa sobre vivências, de forma online, o GESTrans cria um espaço de discussão e aprendizado para falar sobre identidade de gênero e necessidades das pessoas trans. Além disso, os encontros virtuais serão uma forma de colaborar para que os futuros profissionais da saúde formados pela Unesp de Botucatu estejam aptos a acolher, com sensibilidade, a saúde transgênera em seu dia a dia pessoal e também no ambiente profissional.
Também está nos planos do grupo fazer com que outras pessoas da graduação e pós-graduação se sintam estimuladas a realizar projetos de pesquisa e extensão voltados ao tema, construindo conhecimento e repassando-o à comunidade.
Para acompanhar as próximas aulas e outros conteúdos relacionados ao tema, basta seguir @gestrans.unesp no Instagram.
Compartilhe esta notícia