O número de mortes por febre amarela subiu de três para seis casos no estado de São Paulo este ano, informou a Secretaria da Saúde nesta segunda-feira (30). Duas pessoas foram infectadas no interior do estado e quatro adoeceram em viagem a Minas Gerais, segundo a secretaria.
Foram duas mortes no interior, nas cidades de Batatais e Américo Brasiliense, e outras quatro na Grande São Paulo de pessoas que visitaram o estado de Minas Gerais quando foram contaminadas. Há ainda 17 casos em investigação – 13 pessoas estiveram em Minas Gerais quando ficaram doentes e os outros quatro casos suspeitos foram identificados em Assis, Bauru, Botucatu e São José do Rio Preto.
Autoridades de saúde do estado e de todas as cidades paulistas discutiram em reunião nesta manhã como enfrentar doenças transmitidas por mosquitos. A maior preocupação é com a febre amarela, mas o alerta até o momento é para as áreas de risco do interior. Até esta segunda, 31 macacos apareceram mortos nas regiões de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Franca e Barretos, especialistas confirmaram que os animais estavam com o vírus da febre amarela e agora fazem buscas para identificar o mosquito transmissor.
O Secretário da Saúde, David Uip, disse que o aparecimento dos macacos doentes serve como sinal de alerta e que todos os esforços estão sendo feitos pelas secretarias da Saúde e do Meio Ambiente para conter a proliferação da doença.
“Estamos muito vigilantes para tentar diminuir os riscos, inclusive através de uma busca ativa. Os nossos serviços de investigação estão entrando nas matas, vigiando as regiões para termos o diagnóstico de uma eventual participação do mosquito Aedes Aegypti, este sim, um mosquito de ação urbana”, disse Uip
A vacina contra a febre amarela é indicada apenas aos moradores de áreas de risco definidas pelo Ministério da Saúde e para aqueles que vão viajar a esses locais.
Dengue
A Secretaria da Saúde informou ainda que o número de casos de dengue no estado de São Paulo caiu 76,3% em 2016, em comparação com o ano anterior. No ano passado, foram confirmados 162.053 casos da doença no Estado. Em 2015, o número total de casos foi de 684.360.
Comparado ao número de óbitos, a diminuição foi ainda maior, passando de 488, em 2015, para 97 óbitos no ano passado, o que representa uma queda de 80%. Na primeira quinzena de janeiro de 2017, foram confirmados 23 casos e não houve óbito.
Em relação à chikungunya, há apenas 1 caso autóctone confirmado neste ano; em 2016, foram 1.084, entre autóctones e importados. Não há nenhum caso de zika registrado, em 2017; no último, foram confirmados 4.086 casos da doença.
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