No dia 27 de julho, a Unidade de Pesquisa Clínica (Upeclin) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) recebeu 100 doses do soro antiveneno, conhecido como soro antiapílico, que pode aumentar as chances de uma pessoa sobreviver a um ataque de abelhas. O produto foi desenvolvido por pesquisadores do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp de Botucatu em parceria com o Instituto Vital Brazil, de Niterói – RJ.
“Agora passaremos a comunicar os hospitais da região para encaminharem os pacientes acometidos por múltiplas picadas de abelhas para a Upeclin”, explica o pesquisador e coordenador do Cevap, Rui Seabra Ferreira Jr. As pessoas que apresentarem sintomas graves de um eventual ataque de abelhas receberão o soro.
O medicamento é recebido por via intravenosa. Cerca de 20 mililitros (ml) trazem ao corpo uma quantidade de anticorpos capaz de neutralizar 90% dos problemas causados pelas picadas de abelhas africanizadas, as mais comuns no Brasil. Quando um adulto é picado por mais de 200 insetos, o corpo recebe uma quantidade de veneno suficiente para causar lesões nos rins, fígado e coração, debilitando esses órgãos. A maioria das mortes acontece pela falência dos rins.
A responsabilidade pela aplicação do produto nos pacientes é da Upeclin e o especialista responsável pela condução do estudo é o médico infectologista e professor da FMB, Alexandre Naime Barbosa, do Departamento de Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem.
O telefone da Upeclin para mais informações é: (14) 3880-16-63
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