Serviço de Transplante Renal do HCFMB é premiado no Congresso Brasileiro de Transplantes

Saúde
Serviço de Transplante Renal do HCFMB é premiado no Congresso Brasileiro de Transplantes 13 novembro 2021

O Estudo De Coorte Brasileira De Síndrome Hemolítico Urêmica Atípica Em Transplante Renal, realizado pela equipe do Serviço de Transplante Renal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), recebeu o prêmio Emil Sabbag, que contempla o  melhor estudo na área de rim, no XVII Congresso Brasileiro de Transplantes.

Idealizado pela Médica Nefrologista responsável pelo Ambulatório de Transplante Renal do HCFMB, Dra. Hong Si Nga, o objetivo do estudo foi reunir informações sobre a Síndrome Hemolítico Urêmica Atípica (SHUa), uma doença considerada ultra rara por  ter incidência entre 0,5 a 1 caso por milhão de habitantes.

Dr. Luis Gustavo Modelli, Coordenador do Serviço de Transplante Renal do HCFMB,  explica que a doença cursa com a anemia, causando a queda de plaquetas e consequentemente alterações renais.  “É comum o paciente perder a função dos rins e ter indicação de diálise ou transplante renal no tratamento. O transplante no paciente com SHUa é considerado de alto risco, já que após a cirurgia ocorre recidiva da doença, o que leva a perda do enxerto renal em mais de 70% dos casos”, diz.

Em 2001, o FDA (Federal Drug Administration) aprovou o medicamento Eculizumab, um anticorpo monoclonal que melhora a resposta inflamatória e diminui a capacidade do próprio corpo atacar as suas células sanguíneas. O estudo identificou que o grupo que fez o uso deste medicamento no pós-transplante teve uma melhor evolução,  já que a droga se mostrou altamente efetiva na prevenção e tratamento da SHUa pós-transplante.

“Estes dados reforçam outros trabalhos internacionais, mostrando a necessidade de uso deste medicamento nos pacientes com SHUa submetidos a transplante renal, aumentando a segurança do transplante e diminuindo as chances de rejeição do órgão” afirma Modelli.

No HCFMB, já há um protocolo de avaliação no pré transplante, que identifica os pacientes com esta rara patologia, já que muitas vezes, a doença só é diagnosticada no pós-transplante. A partir do estudo, o Serviço optou por realizar o transplante apenas quando houver disponibilidade do medicamento, aumentando assim as chances de um transplante bem sucedido para o paciente nesta condição.

O trabalho foi realizado em parceria com as equipes de transplante renal do Hospital de Base de São José do Rio Preto (FAMERP), da UNICAMP, Santa Casa de Juiz de Fora e Santa Casa de Porto Alegre.

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