Desde 2014, o medicamento Truvada é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para pessoas que fazem parte dos grupos de alto risco de infecção pelo HIV. A eficácia, comprovada por quatro estudos clínicos, concluiu que o uso diário do medicamento conseguiu prevenir novas infecções.
O Ministério da Saúde afirmou que vai incluir o comprimido anti-HIV na lista de medicamentos gratuitos do SUS. Se isso de fato acontecer, o Brasil será o primeiro país a adotar uma política pública de prevenção da doença desta forma.
O medicamento deve ser distribuído gratuitamente pelo SUS até o fim deste ano. O médico infectologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) Dr. Alexandre Naime Barbosa fala sobre a proposta do remédio.
“Basta tomar um único comprimido por dia para diminuir a chance de ser contaminado pelo vírus da Aids. Os estudos que analisaram a mistura desses componentes no combate ao HIV em que os pacientes fizeram o uso de todas as tomadas foi de 100%, ou seja, não houve falha naqueles pacientes que tomaram a medicação corretamente”, explica.
A OMS recomenda que esses comprimidos sejam dados aos grupos de risco. Dr. Alexandre Barbosa acompanha sete garotas de programa, que há cinco anos tomam o remédio e, segundo a pesquisa, nenhuma delas pegou o vírus da Aids, mesmo fazendo sexo sem o uso do preservativo, em algumas ocasiões.
Por ano, cerca de 40 novos casos de HIV são diagnosticados em Botucatu. Mais de 300 pacientes infectados são acompanhados pelo HCFMB. Dr. Alexandre afirma que, apesar de ser um método eficaz, o Truvada não evita a contaminação de outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis, por exemplo. “O Truvada só é eficiente na prevenção do vírus da Aids. Quando a pessoa já foi contaminada, o tratamento é feito com outros medicamentos que permitem a pessoa ter uma vida normal, tomando os diversos cuidados necessários”, diz.
Vivian Abilio – Assessoria de Imprensa do HCFMB via 4toques Comunicação
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